Benchmarking é uma boa ideia.

Benchmarking

Puerperal fever mortality rates for the First and Second Clinics at the Vienna General Hospital 1841. Imagem: https://en.wiki2.org/wiki/Ignaz_Semmelweis

O livro “The Doctors’ Plague”, de Sherwin Nuland, registra uma história interessante. No final da década de 1840, no Hospital Geral de Viena, quando um bebê nascia com o auxílio de um médico obstetra, a chance de morte da mãe era de 10 a 15%. Curiosamente, entre os atendidos apenas por parteiras, a taxa de mortalidade era muito menor. Essa diferença levou a uma investigação que descobriu que os médicos, pelas manhãs, frequentavam o necrotério, onde faziam autópsias. Mesmo sem entender bem a causa – na época ainda não se conheciam as bactérias – não foi difícil tomar providências que contribuíram para reduzir a taxa de mortalidade.

Essa história ensina várias lições, mas quero destacar uma. A comparação entre as taxas de mortalidade entre as mulheres atendidas pelos médicos e pelas parteiras foi o primeiro passo, pois mostrou que havia um problema. Caso contrário, é possível que a mortalidade, apesar de elevada, fosse considerada natural e aceitável. Resumindo, fazer comparação dos resultados (benchmarking) pode ser um importante elemento para identificar oportunidades de melhoria e incentivar a busca de melhores práticas.

Fontes:

  1. Freaknomics. Lottery Loopholes and Deadly Doctors: Full Transcript – Freakonomics. Disponível em: http://freakonomics.com/2012/04/25/lottery-loopholes-and-deadly-doctors-full-transcript Acesso em 19.03.16.
  2. Ignaz Semmelweis. https://en.wiki2.org/wiki/Ignaz_Semmelweis Acesso em 11.10.16.

Dórian L. Bachmann (dorian@bachmann.com.br) é especialista no uso de indicadores e benchmarking na gestão de processos e negócios.

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