A seleção de indicadores faz parte do processo de gestão. Toda organização pode ter um número elevado de indicadores, mas a escolha de algumas poucas métricas, que fazem sentido considerando os objetivos e a estratégia, pode representar uma grande vantagem.
Embora a escolha das métricas possa ser feita usando diferentes abordagens, o fundamento do trabalho consiste em associar indicadores aos objetivos que traduzem a estratégia da organização e ao bom desempenho dos processos que são relevantes para essa mesma estratégia. Assim, a “coleção de indicadores†que serve bem para uma empresa pode não servir para outra. Na gestão de RH, a melhor prática seria obedecer aos seguintes passos:
- Entender o negócio e a estratégia da empresa.
- Identificar o modo como os colaboradores da empresa contribuem para a execução da estratégia.
- Estabelecer objetivos para os recursos humanos que estão associados aos processos identificados no item anterior.
- Estabelecer indicadores para avaliar o progresso em atingir os objetivos listados no item 3.
Exemplificando: Usando essa abordagem, a eficácia de uma campanha de vacinação contra a gripe na empresa poderia ser avaliada pela redução do número de dias perdidos por doenças (absenteÃsmo médico), permitindo uma avaliação objetiva da relação custo/benefÃcio para a organização.
Resumindo, o desempenho deve ser medido naquilo que é relevante para a organização. Muitas vezes os indicadores usados em uma organização, embora adequados aos processos existentes, estão desalinhados da estratégia. Este aparente paradoxo não tem a ver com indicadores, mas com processos eventualmente inadequados à estratégia. James Goodnight, presidente do SAS Institute (empresa que produz softwares) exemplifica esta situação com uma empresa que coloca como estratégia o trabalho em equipe, mas faz avaliações de desempenho que priorizam o individual.
Dicas
– Cada área deve medir apenas aquilo sobre o quê tem influência; o objetivo não é “matar a curiosidadeâ€, mas ter elementos para a gestão.
– Adotar uma métrica ruim é pior que não ter indicador, pois gera custo e pode induzir à decisões erradas.