Edward Tufte é um estatÃstico famoso pelos trabalhos relacionados à visualização dos dados. Neste livro, de 2006, ele analisa alguns documentos, mapas, fotos, obras de arte, livros antigos – um de Galileu e outro de Newton – e até manuais policiais e relatórios de investigação de acidentes da NASA, em relação à capacidade de comunicar informações, tomando por base os PrincÃpios do Design AnalÃtico.
Os PrincÃpios do Design AnalÃtico são:
- Mostre comparações, contrastes e diferenças.
- Causas, mecanismos, estruturas e explicações.
- Análise multivariada.
- Completa integração de palavras, números, imagens e diagramas. As tabelas com números devem estar integradas ao corpo do relatório e não colocadas com anexos. Tabelas, gráficos e imagens devem estar acompanhados de textos explicativos.
- Documentação. Inclui as informações de autor, fontes dos dados, escalas, etc. que dão credibilidade às informações apresentadas. Ele recomenda que os trabalhos, ou as partes deles, tenham os autores identificados; não são empresas ou departamentos que produzem as coisas. Os créditos dão responsabilidade e facilitam os esclarecimentos.
- O mais importante é a qualidade, relevância e integridade do conteúdo. Para atender esse requisito devemos responder quais são as tarefas de raciocÃnio que o conteúdo se propõe a ajudar
Ele mostra exemplos de situações em que uma mesma imagem é repetida em diversas páginas de um livro, para que o leitor tenha acesso ao texto e a imagem ao mesmo tempo, facilitando o entendimento. Uma prática que ele recomenda.
Ele enfatiza que “rótulos†são dados e, portanto, podem ser úteis na área de dados de um gráfico ou figura. Mas, para evitar que a poluição atrapalhe a observação dos pontos ou das curvas de dados, pode-se destacar os pontos ou a curva com uma cor mais chamativa. Uma técnica bem sucedida nos mapas cartográficos.
Ele brinca que, ao consumirmos informações, devemos manter a mente aberta, mas não uma cabeça vazia. Também dedica um capÃtulo inteiro à s apresentações, mostrando as inconveniências dos slides e oferecendo orientações. Ele enfatiza que apresentações Power Point não devem substituir relatórios técnicos convencionais, onde as relações de causa e efeito e as explicações são mais claras.
Os estudos controlados são prospectivos: uma possÃvel rejeição causa-efeito é identificada, uma intervenção feita, resultados futuros observados. Em contraste, as evidências de muitos fenômenos – clima, polÃtica, geologia, economia, história da arte, negócios – vêm em grande parte de observações retrospectivas e não experimentais. Em tais estudos posteriores, pesquisadores e apresentadores têm muitas oportunidades de decidir o que conta como evidência relevante, que também são oportunidades excelentes para escolher a dedo o que é conveniente.
Listas apresentam apenas três relações lógicas:
- Temporal (primeira, segunda, etc.)
- Importância (mais importante, segunda mais importante, etc.)
- Itens relacionados de algum modo; mas não especifica como.
As análises de indicadores estão, de algum modo, associadas às relações de causa e efeito.
Os princÃpios do design analÃtico derivam dos princÃpios do pensamento analÃtico. – Edward Tufte
O livro
Tufte, Edward R. Beautiful Evidence. Graphic Press LLC. USA. 2006.