O mercado de trabalho tem apresentado crescimento. O resultado é bom, mas, nas contas do Ministério do Trabalho, parece ainda melhor. Isso porque há uma diferença de metodologia entre seus números e os de entidades como o Dieese. O ministério usa os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Nessa estatística, a migração de vagas do mercado informal para o formal é contabilizada como criação de postos de trabalho.
Exemplificando: O crescimento do número de empregos nas regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife, em um mesmo período de 12 meses, foi apresentado como sendo de 424.000 postos de trabalho no cálculo do governo e de 231.000 postos pelas contas do Dieese, que leva em conta apenas o número de pessoas que saíram do desemprego absoluto.
Governos e empresas tomam decisões baseadas em dados agregados, imaginando que, já que eles são calculados de maneira semelhante, têm o mesmo significado econômico e social em todos os países, o que é falso. — Belmiro Valverde Jobin Castor, em O Brasil não é para amadores: Estado, Governo e burocracia na terra do jeitinho.IBQP-PR. 2000.
Referência: Revista Veja, 16 de novembro de 2005, p.43.
Post de jun/11, revisado em jun/24