Imagem de Gerd Altmann por Pixabay
O erro mais comum no uso de indicadores é tratá-los burocraticamente, sem associá-los ao processo de gestão. Frequentemente os indicadores são usados para:
- Atender normas como a ISO9001.
Todas as áreas/processos têm de ter indicadores.
- Estar na moda.
Todo mundo usa, o chefe quer, etc.
- Mostrar os sucessos.
Métricas e metas escolhidas para mostrar que trabalhamos bem.
- Para mostrar que somos bonzinhos e que valorizamos todas as áreas.
Isso acontece de dois modos:
– Métricas de cunho social, desvinculadas da realidade da empresa. A preocupação é o politicamente correto ou a imagem, em vez dos resultados para o negócio.
– Todos os gerentes e coordenadores apresentam seus indicadores na reunião gerencial e todas as métricas são tratadas com a mesma importância nos relatórios e reuniões. Exemplo: “Número de cortes de grama no ano” e “Número de unidades de produto fabricados no ano” ganham o mesmo espaço nas reuniões gerenciais, apesar da grande diferença de relevância para o negócio.
Mas, por que isso acontece?
Basicamente por três motivos:
O primeiro é a tradição. O “sempre fizemos assim” é uma tendência natural que leva a evitar os questionamentos e a manter os indicadores usados há algum tempo, evitando o risco de “mexer” no sistema e nas práticas de gestão.
O segundo, eventualmente sustentada na cultura da empresa, estimula mais a imagem pública do que os resultados para o negócio.
O terceiro é a falta de consciência de que o uso correto dos indicadores fornece aprendizado, melhora as decisões e gera resultados para as pessoas e para a organização.
Esses usos burocráticos tiram grande parte do benefício da ferramenta e criam má vontade nas pessoas. Não deixe que isso aconteça. Escolha os indicadores para, efetivamente, trazer resultados para você e para a empresa.
A escolha do que monitorar e a importância de cada medida deve considerar sua relevância para o negócio.