Um case para reflexão.
Um dos princÃpios da qualidade é que os processos devem operar da forma mais estável possÃvel. A descrição adiante – corroborada por minha experiência própria com uma greve em uma unidade quÃmica – reforça a filosofia.
“Em 1980, uma grande refinaria da Costa do Golfo dos EUA concluiu uma greve de 5 meses. Durante a greve, a planta continuou as operações normais, administrada por engenheiros e supervisores. No final da greve, o departamento de contabilidade informou:
- A produção (em massa) da refinaria melhorou em 0,8%
- O rendimento volumétrico de produtos lÃquidos aumentou 1,3%
- O lucro da refinaria dobrou.
No final do ano, as operações haviam voltado ao normal. O uso de energia aumentou, o rendimento volumétrico diminuiu e as falhas nos equipamentos rotativos aumentaram em uma ordem de magnitude†[1].
Nos anos 90 vivi uma experiência semelhante no Brasil. Minha conclusão é que os engenheiros e supervisores, por não contarem com experiência operacional e com uma equipe de manutenção, colocaram as unidades de produção em um ritmo confortável e seguro para evitar problemas. Nessa situação, a variabilidade dos processos era menor e a operação mais estável trouxe os benefÃcios citados por Lieberman. Pena que, no dia a dia, a vontade de “espremer†a capacidade de produção ao extremo acabe levando à s instabilidades, desgastes (de equipamentos e pessoas) e custos que poderiam ser poupados.
Referência:
- Lieberman, Norman P. Basic technology can improve refinery profits. Oil & Gas Journal. July 18, 1994. pp. 50-54.