Medindo eventos raros

Eventos raros, como acidentes, não podem ser medidos se não acontecem. Também são de difícil uso como indicadores por serem poucos e, portanto, não terem representação estatística.

Assim, uma forma de monitorar é medir o tempo decorrido entre as ocorrências. Afinal,  temos bons resultados quando nada acontece e o tempo entre os eventos tende a aumentar. Por isso as empresas costumam registrar o número de dias desde o último acidente. Esse tipo de resultado também facilita a comunicação com o público de interesse, pois é de fácil compreensão.

Por isso vemos na frente de muitas indústrias um cartaz informando há quantos dias estão sem acidentes.

POST250618 de jun/25

Ansiedade versus indicadores

Uma das maiores fontes de ansiedade em um ambiente em que as respostas demoram (Delayed Return Environment) é a incerteza constante. Não há garantia de que trabalhar duro na escola lhe dará um emprego. Não há certeza de que os investimentos vão aumentar no futuro. Não há garantia de que ir a um encontro lhe dará uma alma gêmea. Viver em um ambiente em que as respostas demoram significa que você está cercado de incertezas.

Então o que você pode fazer? Como você pode prosperar em um ambiente que cria tanto estresse e ansiedade?

A primeira coisa que você pode fazer é medir alguma coisa. Você não pode saber com certeza quanto dinheiro terá na aposentadoria, mas pode remover algumas incertezas da situação medindo quanto economiza a cada mês. Você não pode ter certeza de que conseguirá um emprego após a formatura, mas pode acompanhar com que frequência entra em contato com empresas sobre estágios. Você não pode prever quando encontrará o amor, mas pode prestar atenção em quantas vezes se apresenta a alguém novo.

O ato de medir toma uma quantidade desconhecida e a torna conhecida. Quando mede algo, você imediatamente fica mais seguro sobre a situação. A medição não resolverá magicamente seus problemas, mas esclarecerá a situação, tirará você da caixa preta de preocupação e incerteza e te ajudará a entender o que realmente está acontecendo.

Fonte: Clear, James. The Evolution of Anxiety: Why We Worry and What to Do About It. 28 de maio de 2016, Disponível em: https://lifehacker.com/the-evolution-of-anxiety-why-we-worry-and-what-to-do-a-1767562440 Acesso em 27.04.20.

POST250617 de jun/25

Não basta ter dados

Imagem por 200 Degrees em Pixabay 

A Sports Authority foi um ótimo exemplo de organização na coleta de dados. Com mais de 450 lojas em todo o país e um sofisticado investimento em business intelligence, a Sports Authority coletou quase 114 milhões de registros de clientes e 25 milhões de endereços de e-mail. Infelizmente, não conseguiu aproveitar essa informação toda para ajudar na execução de sua estratégia e evitar a liquidação completa de suas lojas.

Os dados coletados continham um enorme potencial, tanto que a Dick’s Sporting Goods comprou os dados, junto com outras propriedades intelectuais, por US$15 milhões [1].

Em resumo, não basta contar com grande volume de informações, coisa cada vez mais fácil nos dias atuais,. É necessário usá-los e fazer isso de uma forma competente e alinhada à estratégia do negócio.

Referência

1. G. Lance Jakob at http://reliabilityweb.com/articles/entry/the-evolution-of-performance-measurement Acesso em 13.04.17.

Post 250613 de jun/25

Os verdadeiros estatísticos sempre cantam seus resultados antecipadamente

Desenho de dois círculos com bolinhas coloridas. Um maior, representando a população e outro menor, representando uma amostra do primeiro, e uma flecha do primeiro para o segundo.

“Sempre que os charlatães encontram um padrão, inspiram-se e testam os mesmos dados para esse mesmo padrão para publicar o resultado com um valor p ou dois, legitimadores, ao lado de sua teoria. Eles estão mentindo para você (e talvez também para eles mesmos).

Esse valor-p não tem significado, a menos que você tenha se comprometido com sua hipótese ANTES de analisar seus dados.

Felizmente, se você tiver muitos dados, terá uma bela oportunidade de aproveitar análises e estatísticas sem trapacear. Você também tem a proteção perfeita contra charlatães. É a chamada divisão de dados e, na minha opinião, a ideia mais poderosa em ciência de dados.” — Cassie Kozyrkov

Crédito: Texto da Cassie Kozyrkov em: https://towardsdatascience.com/how-to-spot-a-data-charlatan-85785c991433

Post 220922 de mai/25

Uma estratégia não convencional para gerar engajamento

Imagens de Freepik

O beisebol é tradicionalmente considerado o esporte nacional dos Estados Unidos, mas, fora daquele país, poucas pessoas se interessam por ele. Os fãs costumam atribuir esse desinteresse ao desconhecimento das regras, o que torna o jogo pouco atrativo para quem assiste. Faz sentido.

Nas empresas, algo semelhante pode estar ocorrendo. Colaboradores são frequentemente designados para tarefas repetitivas e monótonas, sem compreender claramente como seu trabalho contribui para os objetivos organizacionais.

O uso de indicadores de desempenho para monitorar processos, aliado ao esclarecimento das relações de causa e efeito com métricas mais próximas dos resultados do negócio, oferece uma visão mais clara e significativa. Isso favorece o engajamento.

Em outras palavras, muitos profissionais estão “jogando um jogo que não entendem”. O uso adequado de indicadores torna as regras visíveis e dá propósito às atividades, fortalecendo o senso de pertencimento e o engajamento das pessoas. Contribui, sem dúvida, para uma estimulante gamificação do dia a dia no trabalho.

Post250605 de jun/25