Sobre Dorian Bachmann

Sou especialista em indicadores de desempenho e benchmarking. Ajudo na seleção, padronização, apresentação, uso e interpretação de indicadores de desempenho, para identificar oportunidades de melhorias, estabelecer metas mais eficazes e obter aumento da produtividade e competitividade. Capacitação técnica (graduação e pós-graduação) e gerencial (MBAs em marketing, negócios e tecnologia da informação), reforçada por prática profissional variada e com foco em resultados. Ênfase em gestão por meio da medição de desempenho, com o auxílio de indicadores. Engenheiro químico com sólida experiência gerencial e em processos industriais e mineração. Vivência em P&D, projeto básico e engenharia de acompanhamento de processos. Trabalhei na Petrobras (Engenheiro, Pesquisador e Gerente Geral da Unidade de Negócios da Industrialização do Xisto), IBM e Companhia de Urbanização de Curitiba. Fui sócio e diretor da Bachmann & Associados Ltda., consultoria voltada para o uso gerencial de indicadores e benchmarking. Apaixonado pela inovação e pela Qualidade Total como fontes de vantagem competitiva para as organizações. Tenho apresentado palestras e cursos relacionados ao uso de indicadores e do benchmarking na gestão. Autor do livro "Indicadores de RH como Ferramenta de Gestão: obtendo e mostrando resultados", publicado pela Qualitymark. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9716761840221952 Disponível para consultoria no uso de indicadores e benchmarking na gestão, inclusive pro-bono.

Faturamento x Treinamento

treinamento

No Brasil a relação entre os investimentos em T&D e o faturamento da organização é de 0,83%. Nos Estados Unidos, este valor sobe para 1,1% ou seja 33% a mais que o Brasil.

Fonte: ABTD. O Retrato do Treinamento no Brasil 2013 / 2014. Disponível em: http://portal.abtd.com.br/Conteudo/Material/Arquivo/PesquisaABTD20132014.pdf?utm_source=pesquisa&utm_medium=email&utm_campaign=pesquisa&utm_term=retornorespostapesquisa&utm_content=linkpesquisadownload Acesso em 11 jun.2014.

Cuidado! O indicador dirige os resultados.

callcenter

Há algum tempo, o call center da Dell usava o indicador “Tempo de Atendimento”, que descrevia o tempo gasto no telefone com um determinado cliente. A intenção era tornar o atendimento mais dinâmico e eficaz.

Entretanto, isso acabou incentivando que os atendentes transferissem qualquer problema mais complexo para outros e, enquanto o tempo de atendimento efetivamente baixou, a satisfação dos clientes desandou.

A Dell então trouxe um gerente da área de manufatura que mudou a métrica de atendimento para “Tempo Total Despendido pelo Cliente no Telefone”. De imediato os consumidores da Dell disseram que a qualidade do serviço de atendimento melhorou dramaticamente.

Este exemplo ilustra claramente a importância da escolha dos indicadores usados na gestão.

Fonte: Petrone, Paul. The Two Recruting Metrics That Actually are Worth Measuring.

Frequência das Medições

pes

Quem faz dieta para perder peso não sobe na balança apenas uma vez por trimestre. Mas, fazer a pesagem três vezes ao dia também não faz sentido.

Nos processos empresariais, administrativos ou não, ocorre o mesmo. Cada processo tem seu ritmo e isso deve ser levado em conta para decidir a frequência das medições e das análises dos indicadores de desempenho.

Em caso de dúvida, é melhor começar com medidas mais frequentes e, depois, espaçar. Em outros casos, a disponibilidade dos dados impõe a frequência possível, como geralmente ocorre nos indicadores financeiros.

Nota: Baseado no texto “How to set your KPI’s Calculation Cadence” de Stacey Barr, publicado em 21.07.16 (www.staceybarr.com).

Qualidade da contratação. Como medir?

Contratação

A medida “Qualidade de Contratação” tem diferentes significados para diferentes organizações. Mas, um estudo de 2010 da Aberdeen [1] concluiu que a satisfação do gerente contratante e o desempenho dos novos contratados são as duas medidas mais frequentemente usadas para a avaliação da métrica.

Referência: Aberdeen Group. Workforce Analytics: Key to Aligning People to Business Strategy. June 2011. p. 6.

Uma questão filosófica

Pensador

Uma questão filosófica

Um diretor de empresa tem o hábito de ler três jornais diários, o que lhe custa cerca de uma hora por dia. Outro se limita a ler o jornal de domingo, mas investe algum tempo refletindo sobre as tendências e os impactos de cada notícia relevante. Qual destes profissionais faz melhor uso da informação?

Da mesma forma que na vida cotidiana, o ambiente empresarial convive com uma sobrecarga de informações que não é possível absorver de forma completa. Assim, o administrador tem que ser seletivo e adotar algumas práticas que lhe permita tirar o melhor proveito dos dados disponíveis.

A maioria dos administradores quer um grande volume de informações entregue em tempo real e, para isto, investe em sofisticados sistemas que demandam trabalhos de muitas pessoas para que se mantenham atualizados. Porém, da mesma forma que na leitura diária dos jornais, não há como investir tempo para analisar e refletir sobre cada informação, para usá-la de forma a contribuir para o sucesso do negócio. Nossa posição é de que o gestor eficaz periodicamente se concentra para analisar com profundidade alguns poucos indicadores que são efetivamente importantes para seu empreendimento. Quanto às demais métricas, ele deve ter um sistema de controle, baseado em delegação aos responsáveis de cada área, para ser alertado em caso de desvios significativos.

Exemplificando: Embora a medida da inadimplência seja importante, só deveria ser destacada se superasse um patamar pré-acordado de, digamos, 2%. Nessa situação, o responsável pela área de cobrança deveria notificar de imediato seu gerente. Flutuações inferiores a este valor devem ser geridas pela área de cobrança, sem necessidade de interferência dos escalões superiores. Este tipo de indicador, de caráter operacional, deveria constar apenas de forma complementar no relatório mensal, com algum mecanismo, como cor diferenciada, destacando os casos de desvio.

Moral da história: A qualidade da análise é mais importante que a velocidade de acesso a informação.

Boas Práticas no Uso de Números

Desenho de uma tela de notebook com gráficos sobre um fundo cinza com imagens de outros gráficos.
Imagem de Oberholster Venita por Pixabay

A Associação Americana de Estatística apresentou, em junho de 2016, orientações para transformar a estatística em uma ciência e não um conjunto de ferramentas. Convencidos que um melhor uso dos dados irá melhorar a pesquisa e a inovação, seis estatísticos de prestígio publicaram as Dez Regras para a Prática Efetiva da Estatística:

  1. Os métodos estatísticos devem permitir que os dados sejam usados para responder questões científicas.
  2. Sinais sempre vêm com ruídos.
  3. Planeje pensando à frente, bastante à frente.
  4. Preocupe-se com a qualidade dos dados.
  5. Análise estatística é mais que um conjunto de cálculos.
  6. Mantenha a simplicidade.
  7. Forneça avaliação da variabilidade.
  8. Verifique suas premissas.
  9. Quando possível, replique.
  10. Faça sua análise reproduzível.

Fonte: PUBLIC RELEASE: 23-JUN-2016. Leading statisticians establish steps to convey statistics a science not a toolbox. Disponível em http://www.eurekalert.org/pub_releases/2016-06/asa-lse062316. Agora indisponível.

Os números não mentem. Mas mentem muitos que usam os números.

Post de out/16 atualizado em mar/24.

Benchmarking é uma boa ideia.

Benchmarking

Puerperal fever mortality rates for the First and Second Clinics at the Vienna General Hospital 1841. Imagem: https://en.wiki2.org/wiki/Ignaz_Semmelweis

O livro “The Doctors’ Plague”, de Sherwin Nuland, registra uma história interessante. No final da década de 1840, no Hospital Geral de Viena, quando um bebê nascia com o auxílio de um médico obstetra, a chance de morte da mãe era de 10 a 15%. Curiosamente, entre os atendidos apenas por parteiras, a taxa de mortalidade era muito menor. Essa diferença levou a uma investigação que descobriu que os médicos, pelas manhãs, frequentavam o necrotério, onde faziam autópsias. Mesmo sem entender bem a causa – na época ainda não se conheciam as bactérias – não foi difícil tomar providências que contribuíram para reduzir a taxa de mortalidade.

Essa história ensina várias lições, mas quero destacar uma. A comparação entre as taxas de mortalidade entre as mulheres atendidas pelos médicos e pelas parteiras foi o primeiro passo, pois mostrou que havia um problema. Caso contrário, é possível que a mortalidade, apesar de elevada, fosse considerada natural e aceitável. Resumindo, fazer comparação dos resultados (benchmarking) pode ser um importante elemento para identificar oportunidades de melhoria e incentivar a busca de melhores práticas.

Fontes:

  1. Freaknomics. Lottery Loopholes and Deadly Doctors: Full Transcript – Freakonomics. Disponível em: http://freakonomics.com/2012/04/25/lottery-loopholes-and-deadly-doctors-full-transcript Acesso em 19.03.16.
  2. Ignaz Semmelweis. https://en.wiki2.org/wiki/Ignaz_Semmelweis Acesso em 11.10.16.

Dórian L. Bachmann (dorian@bachmann.com.br) é especialista no uso de indicadores e benchmarking na gestão de processos e negócios.

Treinamento: Temas mais comuns

Treinamento

A pesquisa “O Retrato do treinamento no Brasil 2013” mostrou que são cinco os temas que as empresas pesquisadas consideram prioritários para os programas de treinamento:

  • Liderança (80%)
  • Qualidade e/ou atendimento ao cliente (41%)
  • Comunicação (38%)
  • Segurança e/ou treinamento obrigatório (24%)
  • Tecnologia da informação (19%).

A pesquisa registrou, ainda, que 84% dos colaboradores participaram de programas formais de Treinamento e Desenvolvimento (T&D). A relação entre investimento em T&D e o faturamento das organizações pesquisadas mostrou um índice médio de 0,8%. Segundo Alfredo Castro, da MOT, o aceitável seria entre 1% e 1,5%.

Fonte: Revista Supermix. Julho-agosto. n° 147. 2013. p. 42.

Demissão custa tão caro quanto contratar

Rotatividade1

Demissão custa tão caro quanto contratar. Logo, deve ser tratada como recurso extremo. Segundo pesquisa elaborada por Manoela Ziebell de Oliveira, líder da prática de análise de turnover da Produtive, consultoria de planejamento e transição de carreira, e professora da PUC-RS, o impacto da saída de um profissional (acima do nível operacional) representa um custo de 93% a 200% do salário anual daquele posto – nessa conta estão inclusos os gastos para recrutar, contratar e treinar o colaborador.

Fonte: Revista Melhor: gestão de pessoas. Segmento, Fevereiro 2015. p. 42.