Histograma

Fotografia de um grupo de estudantes organizados por altura, mostrando um histograma bimodal.
Grupo de estudantes organizados por altura.

O Histograma ou Gráfico de Distribuição de Frequências é uma variação do gráfico de barras que mostra a proporção dos dados em uma amostra. Enquanto o gráfico de barras descreve os dados em barras e categorias separadas, o histograma representa os dados da mesma categoria no intervalo analisado, por isso, sem espaço entre as barras.

Os histogramas podem apresentar vários formatos:

Simétrico ou normal        

Ocorre quando o processo é padronizado e os dados são estáveis, permitindo variações pequenas. A maior quantidade de dados fica ao centro do gráfico e suas variações diminuem simetricamente dos dois lados.

Assimétrico

Geralmente acontece quando os dados não podem ultrapassar um limite. O pico se aproxima de um dos lados, e os dados fora de padrão decrescem para o lado oposto.

Bimodal       

O histograma bimodal, ou com dois picos, geralmente ocorre quando são tratadas duas amostras distintas. A análise deve ser feita separadamente, observando ao desenho dos dois gráficos. Edward Tufte [1] apresenta, didaticamente, um histograma com distribuição bimodal de estudantes de faculdade organizados por altura, (veja a foto).

Outros

Em outros casos, as barras têm praticamente o mesmo tamanho ou variam sem critério ou um padrão definido.

Esboço de um histograma.
Imagem por krzysztof-m em Pixabay 

Referência:

1. Tufte, Edward. Mini Tufte. Versão eletrônica. Página 40, reproduzido de Brian L. Joiner. “Living Histograms”. International Statistics Review, 43 (1975). pp. 339-240. Disponível em: https://www.cs.unm.edu/~pgk/IVCDs14/minitufte.pdf Acesso em 5.3.21

Uma história curiosa.

A história dos testes de “significância” envolve estatísticos que se desprezavam.  Tudo começou com um grupo de acadêmicos que se reuniu para o chá, em 1920. Uma delas foi a Dra. Blanche Bristol que, quando recebeu uma xícara de chá de um colega, recusou.  O homem colocava o chá e depois acrescentava o leite.  A Dra. Bristol rejeitou-o porque preferia que o leite fosse despejado primeiro no copo.  O Dr. Ronald Aylmer Fisher, que servira o chá, afirmou que ela não notaria a diferença.  Ela insistiu que podia.  O Dr. Fisher propôs um teste, que ele descreveu em seu livro The Design of Experiments. Ele prepararia oito xícaras de chá;  quatro com o chá derramado primeiro e quatro com o leite servido primeiro.  Ela tinha que adivinhar qual era qual.

Ele propôs a hipótese nula de que ela seria incapaz de fazer isso corretamente.  Fisher calculou que a chance de adivinhar todos os copos corretamente era de 1/70.  Ele estava disposto a reconhecer sua habilidade (rejeitando a hipótese nula) apenas nesse caso.  Ela, supostamente, acertou todos.  A hipótese nula foi rejeitada.  Este foi o começo do teste de significância.

Fonte: The Danger of Relying on “Statistical Significance”. By Andrew Grenville. June 3, 2019. Disponível em: https://marumatchbox.com/blog/danger-of-relying-on-statistical-significance/ Acesso em 3.06.19.

Nota: O artigo questiona o uso dos testes estatísticos na forma como têm sido aplicados nas pesquisas científicas. Vale a leitura.

Catch 22 ou Sinuca de bico

Desenho com um homem em frente a duas portas, indeciso sobre em qual entrar.

Imagem: http://blogs.mcgill.ca/caps/2015/11/30/the-catch-22

O termo “catch 22” é muito comum nos textos de negócios norte-americanos e poderia, em nossa linguagem popular, ser traduzido como “sinuca de bico”. Vale a pena conhecer sua origem.

Catch 22 (Ardil 22) é uma expressão cunhada pelo escritor Joseph Heller no seu romance de mesmo nome que descreve uma situação paradoxal, na qual uma pessoa não pode evitar um problema por causa de restrições ou regras contraditórias. Frequentemente, essas situações são tais que solucionar uma parte do problema só cria outro, o qual acaba levando ao problema original. Situações de “catch 22” frequentemente resultam de regras, regulamentos ou procedimentos aos quais um indivíduo se submete, mas não pode controlar.

A expressão “catch 22” baseia-se na explicação do personagem Doc Daneeka de como qualquer piloto requisitando uma avaliação psicológica na esperança de não ser considerado são o bastante para voar, e assim escapar de missões perigosas, demonstraria deste modo sua sanidade.

Fonte: Wikipedia. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ardil_22_(lógica).

Avaliação de Desempenho: O problema vem de longe

Desenho de criança com leapis preenchendo checklist.

A avaliação, como forma de medida, era usada já no século III DC, quando os imperadores da Dinastia Wei classificaram o desempenho dos membros da família oficial. A natureza tendenciosa da avaliação de desempenho individual foi notada pelo filósofo chinês Sin Yu, que teria criticado um avaliador empregado pela Dinastia Wei com as seguintes palavras: “O avaliador imperial de grau nove raramente classifica os homens de acordo com seus méritos, mas sempre de acordo com seus gostos e desgostos”.

Fonte: The KPI Institute (2016), Top 20 KPIs – 2016 Extended Editon, Melbourne,  p. 16. Australia . Disponível em https://kpiinstitute.org/Survey_Resource_Top_20_KPIs_2016_Extended_Edition.pdf  Acesso em 28.11.17.