A mulher na força de trabalho

“As estatísticas no Brasil indicam que a força de trabalho feminina já superou a marca de 45% e a tendência de equiparação com os homens é um processo natural. Acreditamos que o equilíbrio dessas forças não deva ser por cotas ou medidas de caráter legal ou judicial.

Cremos, mesmo, na inteligência, na capacidade intuitiva e produtiva da mulher. Na educação formal, a presença feminina já supera a masculina em todos os níveis, sem que houvesse a necessidade de cotas ou regras de proteção.

Esses são, de fato, os diferenciais que acabarão em definitivo com a discriminação por gênero no Brasil e no mundo”.

Orian Kubaski – Vice-presidente da ABRH Brasil

Fonte: Revista Melhor. Março 2019. p. 6.

Diversidade de gênero

Desenho esquemeatico com grupo de homens na esquerda e mulheres na direita.

No Paraná, a participação feminina na força de trabalho continua crescendo, embora lentamente. Em 2017 alcançou 43,0%, o maior valor na série histórica iniciada em 2007 [1].

No Brasil, mulheres são apenas 9% em conselhos administrativos. A conclusão é de levantamento feito pela consultoria SpencerStuart [2]. O estudo analisou 187 empresas listadas em Bolsa e mostrou que a presença de mulheres nos conselhos de administração aumentou 15% em 2017, se comparado ao ano anterior. Apesar disso, o Brasil tem apenas dez mulheres presidentes de conselho, e a participação feminina – 9,4% – equivale a menos da metade da média internacional, de 24,1%.

Fernando Carneiro, presidente da SpencerStuart no Brasil, afirmou em entrevista ao Estadão/Broadcast que “há iniciativas para promover a diversidade, principalmente de gênero, mas elas são dificultadas pelo predomínio de profissionais de áreas em que a presença feminina é menor, como a financeira, e a exigência de experiência”.

Referências:

  1. Bachmann & Associados & ABRH-PR. 10º Benchmarking Paranaense de Recursos Humanos 2018: Dados de 2017. Curitiba. 2018. Disponível em: https://www.indicadoresrh.com.br/benchmarking/download/?tipo=biblioteca&id=73&file=a9460926c05966f101746a247f9696bd485ce305
  2. https://economia.estadao.com.br/noticias/governanca,mulheres-sao-so-9-em-conselhos-no-brasil,70002426274

Serviço

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Retenção pós-maternidade

A Ernst & Young adota um indicador denominado “Retenção após licença-maternidade”. A taxa de retenção (retorno), considerando apenas a licença-maternidade, nos anos fiscais 2009, 2010 e 2011 foi de 100%. Podem ser negociadas jornadas de trabalho reduzidas, horários flexíveis ou trabalho remoto para o período de retorno de licença.

Fonte: Ernst & Young. Relatório de Sustentabilidade 2011.

www.ey.com.br/Publication/vwLUAssets/Relatório_de_Sustentabilidade_2011/$FILE/Relatorio_de_Sustentabilidade_Ernst_Young_Terco_2011.pdf Acesso em 23.07.13.

Salários e sexo – alguma coisa está mudando

A questão da diferença de salário entre homens e mulheres que ocupam as mesmas funções está longe de ser resolvida, mas em alguns setores a mulher já leva vantagem, principalmente por exercer atividades que exigem maior preparo e escolaridade. O levantamento feito pela CPS/FGV, a partir de microdados da Pnad/IBGE, apresentado na tabela exemplifica a evolução ocorrida na indústria da construção civil.

Renda individual média no setor de construção civil

SEXO 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Homem 880,72 788,85 779,30 798,90 734,12 722,67 786,05 807,81 856,40 875,18 891,02
Mulher 656,09 647,72 850,34 1359,53 811,78 1201,09 1102,35 1700,06 1184,52 1336,13 2155,29

Fonte: Revista Melhor Gestão de Pessoas. Ano 19, n 283, junho de 2001, p.32.