Métricas de RH

Medidas

Como todos os gestores, os responsáveis pelas áreas de recursos humanos das organizações precisam balizar e avaliar suas ações por meio de indicadores. Mas, diferentemente de muitos outros, os gestores de RH precisam conviver com dois tipos de métricas.

Os indicadores que medem aspectos objetivos, como rotatividade, tempo de treinamento por empregado, etc. e os que avaliam aspectos intangíveis, como clima organizacional e nível de engajamento, entre outros. Isto porque as métricas objetivas, embora mais fáceis de obter e mais confiáveis em seus resultados, não são suficientes para a gestão de pessoas.

De modo geral, as medidas de parâmetros intangíveis são obtidas por meio de pesquisas e expressam o “sentimento” das pessoas. Nessas pesquisas, geralmente o empregado aponta seu grau de concordância ou discordância com uma afirmação apresentada, como no exemplo:

Afirmação: “Minha remuneração é justa.”

Discordo completamente

Discordo com ressalvas

Não concordo nem discordo

Concordo com ressalvas

Concordo completamente

1

2

3

4

5

Os resultados numéricos (percentuais de respostas nos grupos 1 e 2, grupo 3 e grupos 4 e 5) descrevem o sentimento da equipe em relação ao aspecto avaliado.

Este tipo de métrica é particularmente útil para avaliar as mudanças de percepção ao longo do tempo, comparando resultados obtidos em diferentes épocas e após diferentes ações de gestão.

Maturidade na gestão do desempenho das organizações

Os modelos de maturidade apresentam o caminho a ser percorrido para atingir os melhores padrões. Jac FitzEnz [1] sugere os seguintes níveis de maturidade para a gestão de pessoas:

  1. Registrar/documentar os parâmetros do trabalho, como pagamentos, retenção, treinamento, etc.
  2. Relacionar os parâmetros de RH com os objetivos da organização.
  3. Comparar os resultados com outros (benchmarking).
  4. Entender o relacionamento entre os padrões de desempenho e os resultados obtidos (análise descritiva).
  5. Fazer previsões com base no histórico e nos modelos desenvolvidos no nível 4 (análise preditiva).
  6. Influenciar resultados futuros (análise prescritiva).

Quanto maior o nível de maturidade, maior a contribuição do RH para o sucesso da organização.

Referência: Fitzenz, Jac. Talking to management. Disponível em http://www.drjacanalytics.com/joomla/index.php/blogs/24-talking-to-management Acesso em 4.05.17.

Estabeleça metas mais consistentes

O fim do ano está chegando e é necessário estabelecer as metas para 2018. Que tal comparar os resultados de sua empresa com outras e definir metas mais consistentes?

Registre-se gratuitamente em www.indicadoresrh.com.br e, após fornecer os dados de sua empresa, gere um relatório comparativo com 12 indicadores de RH de mais de 180 empresas. Dúvidas? Ligue 41 3324-5336 ou atendimento@bachmann.com.br.

A Bachmann & Associados desenvolve, desde 2008, um programa de benchmarking de indicadores de RH, com o apoio da Associação Brasileira de Recursos Humanos ABRH.

Uma meta audaciosa

A anglo-australiana BHP Billiton se tornou a primeira grande mineradora mundial a adotar a meta de ter metade de sua mão de obra composta por mulheres até 2025. Atualmente as trabalhadoras representam 18%.

A medida chama a atenção porque o setor é famoso pela falta de representatividade feminina, até mesmo nos conselhos de direção. Um estudo de 2015, com 500 mineradoras, mostrou que apenas 8% dos diretores nos conselhos eram mulheres.

Fonte: Revista Minérios & Minerales, abril-maio. 2017. p. 6.

O Novo RH

Gestão de RH2

Anete Castro é Diretora de RH da LG Lugar de Gente. Em 2014 ela, que era CFO, começou a se envolver em algumas questões da área de gestão de pessoas. Alguns projetos de que participou apresentaram bons resultados e ela foi convidada a acumular a área de RH e o departamento de EAD (1).

Essa notícia sugere algumas reflexões:

  1. A história destaca o sucesso da executiva, mas não comenta o destino da pessoa que, anteriormente, geria o RH.
  2. Possivelmente um gestor de RH com mais visão do negócio, e não focado apenas nos processos internos de recursos humanos, teria preservado sua posição e pudesse até trazer mais benefícios à organização.
  3. As empresas querem que o gestor de RH tenha um “perfil voltado para resultado e totalmente integrado à estratégia da empresa”.

Esse exemplo é um alerta. O gestor de RH tem que conhecer a empresa, sua estratégia e ser capaz de comunicar objetivamente (com números) sua contribuição para a organização. O caso da LG não é único. Na Sulamérica, Patrícia Coimbra acumula a direção de RH com a área de sustentabilidade, depois de uma carreira em TI e planejamento econômico, financeiro e estratégico, além de ter passado pela área comercial.

Na opinião de Deborah Abi-Saber, da Red Bull, o que “dá asas” para a carreira do RH pode ser agrupado em quatro fatores:

  1. entender que precisa saber do business tanto quanto o CEO;
  2. entregar resultados de alto nível, saber quantificá-los para que, de fato, comprove que foram de alto nível e assim sair da subjetividade;
  3. fazer o que é certo, da forma certa;
  4. entender que você nunca sabe tudo e que deve aprender com cada novo caso, cada pessoa, cada desafio.

Então, antes que alguém de fora tome seu posto, invista em conhecer as áreas clientes, suas necessidades, de que forma o RH pode ajudar e – igualmente importante – mostre suas contribuições de forma objetiva, por meio de números e indicadores.

Referência: (1) – Revista Melhor. Dez. 2016. p. 20-29.

Saúde Corporativa – como estamos indo?

Saúde

A “Pesquisa sobre a gestão de saúde corporativa”, realizada pela ABRH Brasil e pela Aliança para a Saúde Populacional (ASAP) em maio e junho de 2017 e respondida por 668 profissionais de recursos humanos, concluiu que:
  • 51% das empresas não têm programas estruturados para gerenciamento de grupos de risco como diabéticos, hipertensos etc., que costumam ser os usuários de maior custo para os planos de saúde.
  • Em 81% delas, os custos subiram acima da inflação dos 12 meses anteriores; em 55% delas, mais do que o dobro da inflação.
  • 40% não utilizam a coparticipação nas consultas e exames, pagando integralmente seu valor.
  • 54% não trabalham com indicadores.
Fonte: Revista Melhor. Julho 2017. p. 35.

O RH gera lucro? Parece que sim.

Profit

Christian Orglmeister, da BCG, ouviu 3.500 profissionais de recursos humanos e de outros departamentos em 101 países. O resultado, publicado no relatório Creating People Advantage, indica que as organizações que contam com um RH eficiente têm resultado econômico duas vezes maior do que aquelas com uma fraca gestão de pessoas.

Para obter esta conclusão, a BCG analisou a diferença entre as 100 melhores e as 100 piores empresas em desempenho financeiro entre os anos de 2012 e 2013. Eles perceberam que as empresas com maior rentabilidade não precisavam de nenhuma ação emergencial nos dez tópicos de RH avaliados.

Em outra pesquisa, com um direcionamento parecido, os pesquisadores da Fundação Instituto de Administração (FIA), da Universidade de São Paulo, vêm, ano após ano, cruzando os resultados produzidos pelas melhores e maiores empresas listadas na revista EXAME, no Guia VOCÊ S/A – As Melhores Empresas para Você Trabalhar, com as que não figuram no ranking. As melhores classificadas têm rentabilidade 37% superior em relação às que ficaram de fora da lista. Eles relatam que nas empresas mais rentáveis o RH também é mais eficiente. Eles atendem mais colaboradores por funcionário da área, conquistam melhores índices de retenção de talentos e menores índices de rotatividade.

Fonte: Como ter uma área de recursos humanos que gera lucro para o negócio? de Samba Tech, sambatech.com, 18 de abril de 2016.

Para reflexão

Ram Charan

Segundo o especialista em estratégia Ram Charam, há um aumento na tendência de executivos de outras funções assumirem funções de liderança de recursos humanos.

Ele disse que esta tendência é das mais importantes, na medida em que as empresas buscam melhorar a compreensão do negócio dentro do RH e alinhar as estratégias de RH com as estratégias mais amplas do negócios.

Ao mesmo tempo, Charan previu que o HR irá evoluir e se tornar mais importante nos próximos anos, a medida em que aproveite a tecnologia para dar maior eficiência e gerenciar talentos para os resultados de negócio.

“Não tenho dúvida que o pessoal vai aprender sobre o negócio”, disse ele.

Comentando sobre a aceitação de seu artigo “It’s time to blow up HR”, Charan afirmou: “Os CEOs adoraram. Um grande número de líderes de RH que não vieram do RH adorou. Aqueles que vieram do RH não gostaram”.

Referência: RAM CHARAN: WHERE HR LEADERSHIP MEETS THE NEW WORLD OF WORK. Disponível em www.insidehr.com.au/ram-charan-on-where-hr-meets-the-new-world-of-work Acesso em 19.03.17.

Melhores empresas para trabalhar – 2013

Melhores de 2013 – Confira a lista das empresas e as categorias em que se destacaram

Acesso Digital Qualidade de vida | Celebração| Melhor RH – empresas médias e pequenas (nacionais) | Camaradagem
Alcoa Práticas para mulheres
Caterpillar Comunicação
Elektro Educação | Benefícios | Melhor RH – grandes empresas | Respeito
Gazin Missão, visão e valores
Google Cuidar | Melhor RH – empresas médias e pequenas (multinacionais)
Kimberly-Clark Envolvimento e novas ideias
Laboratório Sabin Compartilhar | Remuneração
McDonald’s Práticas para jovens
Radix Hospitalidade
Rota do Mar Credibilidade
Sama Orgulho
Saraiva de Rezende Imparcialidade
Thoughtworks Recrutamento e seleção
Zanzini Reconhecimento

Fonte: Revista Melhor: gestão de pessoas. Outubro 2013. p. 54.

Indicadores de RH padronizados foram revisados

O projeto Benchmarking Paranaense de Recursos Humanos colhe, anualmente, os resultados de doze indicadores clássicos usados na gestão do capital humano.

Com o projeto em sua 4ª edição, os textos que descrevem a metodologia de cálculo dos indicadores foram revisados e estão disponíveis para download nos sites da ABRH-PR (www.abrh-pr.org.br) e da Bachmann & Associados (www.bachmann.com.br/website/indicadores_rh.htm).

As mudanças foram apenas na forma, visando maior clareza e simplicidade. Em nenhum caso houve mudança na metodologia de cálculo.