Preço, custo ou valor?

Montagem fotográfica de uma mão saindo da tela de um computador e entregando um cartão de crédito para outra, também saindo de uma tela, em troca de uma sacola.

Imagem por Mediamodifier em Pixabay 

Mesmo jornalistas confundem, mas são coisas diferentes.

Recentemente, lendo a introdução em um livro sobre arte deparei com a seguinte frase “Para redução dos custos de edição e do valor ao consumidor, este livro contém número reduzido de imagens”. Obviamente, o autor não queria desmerecer sua obra. Mas, como boa parte das pessoas, ele trata os termos preço, custo e valor como sinônimos, o que causa muita confusão. Vale entender as diferenças.

Custo – corresponde a quantidade de recursos, geralmente descrita em alguma unidade monetária, usada para obter um produto ou fornecer um serviço. Por exemplo, uma bola custa R$90,00; esse custo inclui o couro e o fio usados como matéria prima, a mão de obra para fazer as costuras e ainda a tinta para o acabamento.

Preço – corresponde àquilo que é pago pelo cliente. O preço deve cobrir o custo e ainda deixar uma margem de lucro. Então:

preço = custo + margem

Em nosso exemplo, o preço da bola poderia ser R$120,00, deixando uma margem de R$30,00 para o vendedor.

Mas e o valor? É difícil traduzir em valor monetário, pois o valor é subjetivo e depende muito da necessidade real ou emocional das pessoas. Essa é a razão pela qual uma garrafa de água mineral gelada pode ser vendida por diferentes preços no mercado e na praia. Pela situação e conveniência, o produto vale mais para o banhista do que para o comprador no mercado.

O conceito de valor, completamente desconectado do custo, é mais evidente nos produtos de luxo ou de marca. Algumas pessoas literalmente valorizam mais um produto raro ou de marca pela possibilidade de ostentar. Assim, quem oferece um produto deste tipo pode vender por um preço muito mais alto que o seu custo, pois para o comprador seu “valor” é ainda mais elevado.

A diferença, ainda que estimada, entre valor e preço é denominada de atratividade. Na verdade, o conceito é intuitivo e é comum ouvirmos: “Isso vale quanto custou”, referindo-se ao benefício de um produto comprado.

Preço é o que você paga. Valor é o que você recebe. – Warren Buffet.

Resumindo, o autor do livro citado no início estava preocupado em reduzir o custo da obra para que, mesmo com o necessário lucro, pudesse oferecer o produto por um preço baixo. Ou seja, um preço inferior ao valor da obra para os potenciais compradores, garantindo as vendas.

Daqui para a frente, não confunda custo com preço ou valor.

E, se percebeu valor neste texto, siga-me para ler meus posts semanais sobre o uso de indicadores na gestão.

“Se a linguagem não estiver correta, então o que é dito não é o que se quer dizer;  Se o que é dito não é o que se pretende,  Então, o que deveria ser feito permanece por fazer.”  — Confúcio

Post221215

Como calcular seu próprio Custo da Rotatividade

Para ajudar você a quantificar esse custo em tua organização, sugerimos uma fórmula simples: o custo da rotatividade dos empregados é igual ao número de desligamentos multiplicado pelo custo médio desses desligamentos.

O número de desligamentos corresponde ao número de empregados multiplicado pela rotatividade anual, expressa como percentual.

Embora não possamos capturar todas as despesas, ou mesmo alguns dos grandes custos intangíveis, como o impacto no moral dos funcionários, podemos ter uma boa referência analisando quatro grandes blocos:

1. Custo de recrutamento, seleção e contratação

2. Custo de integração e treinamento

3. Custo de aprendizagem e desenvolvimento

4. Custo do tempo com a posição não preenchida

Em empresas com processos bem estruturados e padronizados, as perdas com a substituição das pessoas é menor, pois há menor dependência dos conhecimentos do indivíduo.

Também vale destacar que uma baixa rotatividade obtida por manter empregados que não são os melhores em suas posições também tem um custo para a organização. Daí que metas mais rigorosas para a Rotatividade Voluntária podem ser melhores do que as impostas para a Rotatividade Geral, que inclui também os desligamentos forçados (por iniciativa da empresa).

Os custos da má informação

Cost

Na era da informação, em que colher dados e gerar gráficos se tornou muito barato, cabem algumas questões para os dirigentes das organizações:

  • Quanto tempo é perdido procurando informação necessária em uma grande quantidade de informação irrelevante?
  • Quanto tempo é desperdiçado gerando relatórios que ninguém lê?
  • Quanta decisão errada é tomada porque gerentes e diretoria são distraídos por informações supérfluas e inúteis?

A verdade é que é fácil identificar os custos para melhorar o sistema de informações da organização, mas o desperdício resultante das questões levantadas já faz parte dos processos e da cultura da empresa e são consideradas normais. Portanto, não chamam a atenção nem são objeto de maiores cuidados. Entretanto, tais custos da má informação são significativos e podem representar uma desvantagem competitiva.

Nota: Este texto foi inspirado em artigo de Christer Idhammar publicado na Pulp & Paper International. Set/2014 p. 10.