Gráfico comparando retenção com taxa de desemprego.
A Rotatividade Voluntária, também denominada de Desligamento
Voluntário, descreve o percentual dos empregados que deixa a organização por
iniciativa própria. Isto ocorre basicamente devido aos seguintes fatores:
Insatisfação com a empresa (clima organizacional ou remuneração). Melhores oportunidades no mercado de trabalho. Razões de ordem pessoal, como mudança ou doença na famÃlia.
Há, ainda, uma quarta razão, menos comum, que é a resposta
aos programas de incentivo à saÃda; ação que as organizações eventualmente
promovem para fazer downsizing ou
algum ajuste no quadro de colaboradores.
Dados do departamento de estatÃsticas do trabalho dos Estados Unidos (U.S. Bureau of Labor Statistics) indicam que existe uma forte correlação entre a quantidade de pedidos de demissão feitos pelos empregados e o desemprego no paÃs (ver figura) [1].
A comparação dos resultados dos nossos levantamentos [2], realizados em parceria com a Associação Brasileira de Recursos Humanos nos últimos anos, com as estatÃsticas produzidas pelo Ipardes [3], mostram a mesma correlação.
Assim a melhora do ambiente econômico, com a reativação da
economia, deve trazer um grande desafio para o RH das empresas. Afinal, mesmo
na crise, a Rotatividade Voluntária em diversos segmentos se manteve alta.
A reposição de um empregado que pediu demissão inclui os custos de recrutamento, seleção, contratação, integração e treinamento para a posição, além dos custos adicionais de supervisão no perÃodo inicial e do impacto da troca no moral da equipe. Usualmente, o perÃodo da substituição também provoca sobrecarga nos trabalhadores que ficam e algum aumento nas horas extras, o que pode se refletir em piora dos resultados de segurança, elevando ainda mais o custo da movimentação. Mas, claro, existe uma compensação pela redução da massa salarial até que a substituição seja feita.
A saÃda de empregados por pedidos de demissão leva também à prejuÃzos mais difÃceis de quantificar, como a perda do investimento no treinamento feito, e o risco da transferência de conhecimentos para a concorrência.
O conforto (do ponto de vista das empresas) de saber que
existe uma massa de aproximadamente 12 milhões de desempregados no mercado é
relativo, pois muitos são profissionais com baixa qualificação e que não
atendem às necessidades sem um forte investimento em capacitação.
Então é preciso agir preventivamente, buscando práticas de
baixo custo que sejam eficazes na retenção dos colaboradores, antes que o
problema se torne mais evidente.
Para reduzir a Rotatividade Voluntária, as práticas mais
comuns são [4]:
Manter um ambiente de trabalho agradável e seguro. Adotar uma polÃtica de remuneração e recompensa adequada. Priorizar as promoções internas. Melhorar o processo de seleção e recrutamento.
Em tua organização como são avaliadas as ações para prevenir
a perda de colaboradores?
Serviço
Quer comparar gratuitamente a Rotatividade Voluntária de tua empresa com outras? Acesse o BenchOnline.
https://materiais.indicadoresrh.com.br/benchmarking_ben11
Referências
Erickson,
Robin. Calculating the True Cost of
Voluntary Turnover : The Surprising ROI of Retention. DisponÃvel em: https://www.visier.com/wp-content/uploads/2016/11/Bersin-by-Deloitte-Calculating-the-True-Cost-of-Voluntary-Turnover.pdf
Acesso em 1.03.19. Bachmann & Associados. Benchmarking Paranaenses de
RH . Várias edições. DisponÃveis em: https://www.indicadoresrh.com.br/benchmarking/?mnu=28&id=73&area=material IPARDES. EstatÃsticas de emprego. DisponÃvel em:
http://www.ipardes.gov.br/pdf/indices/emprego_formal.pdf .
Acesso em 26 jul. 2018. Bachmann, Dórian L. Boas Práticas de RH : O que eles fizeram e deu certo. Bachmann &
Associados. Curitiba. 2018. DisponÃvel em: https://www.amazon.com.br/kindle/dp/B07L416T25/ref=rdr_kindle_ext_eos_detail
Acesso em 3.03.19.