Comentários sobre o livro
O livro, embora interessante, difere dos anteriores [1, 2 e 3] na objetividade e enfoque prático. Assim, mais do que orientar à produção de gráficos e imagens visualmente comunicativos, o texto apresenta muitas curiosidades e chama a atenção para detalhes que tornam a observação do mundo mais interessante. Seja pela exposição feita por Galileu sobre as luas de Júpiter, seja pelas caracterÃsticas dos impressos com horários de trens e aviões ou, ainda, por analisar notações usadas para descrever passos de dança.
De qualquer modo, é uma leitura interessante para profissionais envolvidos na comunicação ou nas artes visuais.
Alguns destaques do texto:
- Apesar da beleza e da utilidade do melhor trabalho, o design da informação despertou pouca atenção crÃtica ou estética: não há Museu de Arte Cognitiva.
- Não importa o que aconteça, a premissa moral operacional do design da informação deve ser que nossos leitores estejam alertas e cuidadosos; eles podem estar ocupados, ansiosos para seguir em frente, mas não são estúpidos.
- Dados espalhados por páginas e páginas exigem que os visualizadores confiem na memória visual – uma habilidade fraca – para fazer um contraste, uma comparação, uma escolha.
- A quantidade de detalhes é uma questão completamente separada da dificuldade de leitura. A desordem e a confusão são falhas de design, não atributos de informação.
- Na leitura, não lemos letras, mas palavras, palavras como um todo, como uma “imagem da palavra”. Estudos de oftalmologia mostram que, quanto mais as letras são diferenciadas umas das outras, mais fácil é a leitura.
- A simplicidade é uma preferência estética, não uma estratégia de exibição de informações, não um guia para a clareza.
- Entre os recursos mais poderosos para reduzir o ruÃdo e enriquecer o conteúdo dos displays está a técnica de estratificação e separação, estratificando visualmente vários aspectos dos dados.
Outras citações
Medidas da variabilidade estão no cerne do raciocÃnio quantitativo. – R. A. Fisher, fundador da estatÃstica moderna, em 1925.
Não há nada tão misterioso quanto um fato claramente descrito. – Garry Winogrand, fotógrafo
Pintar bem é simplesmente isto: colocar a cor certa no lugar certo. – Paul Klee
Referência
- Tufte, Edward R. Data Analysis for Politics and Policy. Yale University. Prentice Hall. Inc., Englewood Cliffs. N.J. 1974. Meus comentários em: https://www.linkedin.com/pulse/data-analysis-politics-policy-d%C3%B3rian-bachmann/
- Tufte, Edward R. Data Analysis for Politics and Policy. Yale University. Prentice Hall. Inc., Englewood Cliffs. N.J. 1974. Meus comentários em: https://www.linkedin.com/pulse/data-analysis-politics-policy-d%C3%B3rian-bachmann/
- Tufte, Edward R. Data Analysis for Politics and Policy. Yale University. Prentice Hall. Inc., Englewood Cliffs. N.J. 1974. Meus comentários em: https://www.linkedin.com/pulse/data-analysis-politics-policy-d%C3%B3rian-bachmann/
O livro
Tufte, Edward R. Envisioning Information: Narratives of space and time. Graphics Press. Connecticut. Sixth printing, February 1998.