Exatidão versus Precisão

Figura pelo autor, usando imagem de OpenClipart-Vectors por Pixabay

Precisão e exatidão são frequentemente confundidas. Entenda a diferença.

A precisão informa as variações normais de uma medida.

A exatidão aponta a diferença entre as medições e o valor real.

Explicando melhor.

Precisão é a quantidade de erro aleatório (ruído) em uma medida. Se as várias medidas da mesma grandeza forem próximas umas outras consideramos as medidas precisas. A precisão é, portanto, uma qualidade relacionada com a repetibilidade das medidas, isto é, indica o grau de espalhamento de uma série de medidas em torno de um ponto.

A precisão de medição é geralmente expressa numericamente por indicadores de incerteza, como dispersão, desvio padrão, variância ou coeficiente de variação, sob as condições de medição especificadas.

Uma balança mostra diferentes resultados em cada pesagem de um mesmo pacote. Quanto maior sua precisão, menor é a variação entre as pesagens.

A exatidão (accuracy em inglês) indica o grau de aproximação entre o resultado de uma medição e um valor verdadeiro do que está sendo medido. Logo, se o resultado de um indicador tem maior exatidão, ele está mais próximo do resultado ou nível de desempenho verdadeiro ou real.

A balança que mostra os resultados mais próximos do peso verdadeiro do que está sendo pesado é mais exata.

Quiz – Eu posso usar uma balança desregulada, que apresenta sempre um peso de 3,0 kg acima do verdadeiro, para avaliar a evolução do meu peso durante uma dieta?

Resposta: Como em uma dieta me interessa a perda ou ganho de peso, desde que o erro apresentado pela balança seja sempre o mesmo – no caso 3,0 kg – o dispositivo atende perfeitamente minha necessidade. Logo, a resposta é sim. Em resumo, mesmo o resultado de um indicador que apresenta erro – desde que constante – pode ser útil para a gestão.

Os níveis de precisão e acurácia devem ser adequados ao uso que se pretende para o resultado das medidas. Um indicador não precisa ser perfeito (e trabalhoso ou caro) para atender às necessidades da gestão. Afinal, você não precisa conhecer o peso exato de uma pessoa para saber se ela está acima ou abaixo do peso.

Em resumo, exatidão e precisão são duas medidas de erro observacional.

Uma medida exata ou acurada é a que está próxima do valor verdadeiro. A precisão tem relação com a dispersão dos resultados de várias medidas. Quando medimos várias vezes e os resultados são parecidos, temos uma boa precisão. Portanto, a precisão costuma ser influenciada pelo cuidado na coleta dos dados. A figura com os alvos ilustra os conceitos. E, claro, os níveis de precisão e acurácia dos resultado dos indicadores devem ser adequados ao uso que se pretende.

Medidas de resultados de negócio não podem e não necessitam ser precisas como as de um laboratório de pesquisa.  – Jac Fitz-enz

Para saber maisArredondamento de números / Algarismos significativos / Caracterização da qualidade dos dados

Post220316 de 8.6.20, revisado em 7.5.24

Arredondamento – Uma dica útil para as tabelas

Fotografia de uma mulher olhando folha de um relatório e expressando preocupação.
Imagem de shurkin_son no Freepik

Sabe aquela situação chata em que os totais em uma tabela não coincidem com a soma dos números da coluna? Isso acontece por erros ou porque os números são truncados ou cortados, em vez de arredondados, como exemplificado adiante.

Tabela com os números originais, com duas casas decimais

Tabela publicada com os números truncados para uma casa decimal

Como o total parece não corresponder aos números somados, o trabalho perde credibilidade.

Tabela publicada com os números arredondados para uma casa decimal

A solução

As regras para efetuar o arredondamento dos números [1], evitando esse problema, são:

– Se o algarismo a ser conservado for seguido de algarismo inferior a 5, permanece o algarismo a ser conservado e retiram-se os seguintes.

Assim, 3,141 arredondado à primeira casa decimal se torna 3,1.

– Se algarismo a ser conservado for seguido de algarismo superior ou igual a 5 seguido de no mínimo um algarismo diferente de zero, soma-se uma unidade ao algarismo a ser conservado e retiram-se os seguintes. Assim,

o número 2,7183 arredondado à segunda casa decimal se torna 2,72

o número 2,7153 arredondado à segunda casa decimal se torna 2,72

o número 2,71501 arredondado à segunda casa decimal se torna 2,72

Um caso particular

Se um número termina em 5 seguido de zeros, o que fazer depende se o número antes do 5 é ímpar ou par. Se for ímpar, aumentamos em uma unidade o número antes do 5 e removemos os zeros. Se for par, mantemos o número antes do 5 e removemos os zeros. Assim,

 9,7500 arredondado para uma casa decimal é 9,8 e

 9,650 arredondado para uma casa decimal é 9,6.

Você sabia?

O arredondamento de números é tão importante na engenharia e na ciência que existe até uma norma técnica que estabelece as regras a serem usadas. Mas, se você leu as dicas dadas aqui, nem precisa consultá-la.

Normalmente, o Excel arredonda automaticamente os números. Mas, se necessário, pode-se usar a função ARRED para forçar o arredondamento.

Referência

  1. ABNT NBR 5891. Regras de arredondamento na numeração decimal. 2014. Disponível em www.normas.com.br. Acesso em 20.04.24.

POST200608 de 8.6.20, atualizado em 22.4.24

A primeira escrita pode ter sido tridimensional

Imagem: “From Reckoning to Writing,”Scientific American. August 1977. p.58.

Uma descoberta curiosa sobre a origem da escrita.

Por que a escrita foi inventada? Aparentemente para fazer registros de números, pesos e medidas relacionadas ao comércio de mercadorias. Uma especialista acredita que alguns objetos geométricos de argila encontrados na Mesopotâmia foram os precursores da escrita suméria.

Denise Schmandt-Besserat, da Universidade do Texas, analisou descobertas feitas em sítios arqueológicos do Oriente Médio. As amostras incluíam bolas de argila cozida, do tamanho de punhos, que faziam barulho quando sacudidas. Abertas, elas provaram conter numerosos objetos menores de argila como cones, discos, esferas e tetraedros, com um centímetro ou menos na maior dimensão e uns poucos maiores que 2,5 centímetros.

Ela notou uma correlação entre os objetos geométricos e alguns sinais e concluiu que os pequenos cones com uma indentação cônica representavam o número 1, e que pequenas esferas com uma indentação circular significavam o número 10. Cones maiores correspondiam ao número 60 e cones perfurados ao número 600.

Denise acredita que a transição do uso de contagens tridimensionais para o desenvolvimento da escrita ocorreu do seguinte modo: Por volta de 8.500 A.C. os mercadores criaram um sistema de registro de transações por meio de peças de argila; algumas para valores numéricos e outras representando mercadorias. Milênios depois, por volta de 3.500 A.C., eles adotaram um conjunto de contagens encerradas em uma bola de barro – um documento inviolável que acompanhava cada remessa de mercadorias. Pouco tempo depois, a fim de contornar a necessidade de abrir cada conhecimento de embarque em argila, símbolos bidimensionais representando as formas geométricas incluídas foram desenhadas na superfície da bola. A partir daí, foi um pequeno passo para fazer o conhecimento de embarque usando apenas os símbolos bidimensionais e abandonando as peças geométricas. Esse progresso levou à escrita.

Nota: Texto baseado no artigo “From Reckoning to Writing, publicado na revista Scientific American, August 1977, p. 58.

Fundamentos da boa gestão

Fala-se muito em liderança, mas a verdade é que não é suficiente para uma boa gestão. O RH precisa estar consciente disso ao montar sua estratégia de contratação e alocação de talentos. Saiba mais nesse texto publicado na revista HSM [1].

Na abalizada opinião do Prof. Vicente Falconi, a gestão bem-sucedida de uma organização se sustenta em três fundamentos: Liderança, conhecimento técnico e método. 

A liderança adota as seguintes premissas: ter os melhores profissionais, treinar à exaustão, criar um bom clima de trabalho e ser generoso com quem merece.

O conhecimento técnico deve ser buscado no mercado, cultivado internamente ou desenvolvido por meio de pesquisa e inovação.

A execução disciplinada do método inclui:

1. definir metas.

2. definir o caminho para alcançá-las por meio da análise.

3. garantir a execução.

4. medir/controlar/monitorar.

5. padronizar os processos melhorados.

Cada um desses fundamentos requer competências que devem ser consideradas no momento da seleção das pessoas que vão exercer funções de gestão. Os aspectos relacionados à liderança são os mais difíceis de tratar, pois dependem em grande parte das características pessoais e são difíceis de mudar. Já o conhecimento técnico, embora possa exigir alguns pré-requisitos, como habilidade em matemática ou de interpretação de desenhos, pode ser ensinado com mais facilidade.  Do mesmo modo, as competências para executar o método são fáceis de transmitir. Apenas uma característica importante – disciplina – pode representar algum problema.

Fonte: Revista HSM Management. Dossiê The 3G Way. Maio-junho 2013. p. 96.

NOTA: Sou especialista em indicadores de desempenho e benchmarking, ferramentas importantes para a boa execução do método. Precisando consultoria ou capacitação em: definição de metas, escolha e padronização de indicadores ou melhoria nos relatórios de gestão, faça contato.

Post de jun/20, atualizado em mar/24

Causa ou efeito?

Alguns autores, como Maram Marimuthu et alii [1] identificaram uma correlação positiva entre o desempenho das organizações e o investimento em capital humano, incluindo as ações de treinamento.

A conclusão óbvia trazida pelo texto é que vale a pena treinar. Mas, sendo isento na análise, temos que concluir que, ainda que os fatos estejam relacionados, não temos segurança para afirmar o que é causa e o que é efeito. Afinal, também é possível acreditar que organizações com negócios mais favoráveis e lucrativos tenham mais recursos para investir em treinamento.

Uma análise semelhante foi apresentada por Sara Kaplan [2] ao afirmar “Verifiquei se as pesquisas científicas realmente corroboram a ideia de que diversidade traz melhor desempenho e minha conclusão é que não há necessariamente uma relação de causa e efeito. É bem possível que diversidade e performance sejam dois aspectos de ‘ser uma ótima empresa’”.

Então, na análise de dados, sempre que temos resultados que se correlacionam, devemos ser bastante críticos em tentar saber o que é causa, o que é efeito ou, ainda o que é apenas consequência de algum terceiro motivo ou coincidência.

Referências:

  1. Marimuthu, M., Arokiasamy, L. and Ismail, M. Human Capital Development and Its Impact on Firm Performance: Evidence From Developmental Economics. Uluslararası Sosyal Arastırmalar Dergisi. The Journal of International Social Research. Volume 2 / 8 Summer 2009. pp. 265 – 272. Disponível em: http://www.sosyalarastirmalar.com/cilt2/sayi8pdf/marimuthu_arokiasamy_ismail.pdf. Acesso em 20.06.19
  2. Revista HSM. Vamos inovar em diversidade de gênero? Dez 4, 2017.

Indicadores mais comuns no RH

Imagem de Mohamed Hassan por Pixabay

O Estudo de Indicadores RH 2020, feito pela Carreira Müller, levantou as métricas de RH mais usadas pelas empresas. Os resultados (ver tabela) confirmam a Rotatividade como a preferida pelos profissionais da área, sendo monitorada por 86% dos entrevistados, enquanto o Custo da Rotatividade – indicador considerado mais relevante pela alta direção das empresas – é acompanhado por apenas 16% das organizações.

Também é interessante notar que mais de um terço das empresas acompanha o Índice de Reclamações Trabalhistas, evidenciando a dificuldade de atender uma legislação complexa e sujeita a muitas interpretações.

Tabela – Indicadores apurados pelo RH

Deseja ajuda para escolher e analisar os indicadores e obter melhores resultados? Podemos ajudar. Conheça nosso serviço.

A produtividade aumentou. Será?

“Se uma empresa introduzir uma máquina que resulte na demissão de 100 trabalhadores, ela poderá alegar melhora da produtividade. Mas isso realmente aconteceu? Se esses 100 trabalhadores exigem benefícios de desemprego, e o governo nos obriga a pagar mais impostos, ou se outros custos de bem-estar surgirem como resultado, a verdadeira “produtividade” aumentou? 

Se, em busca de maior produtividade, você aumenta a poluição na comunidade, o que dá origem a forças ambientalistas hostis, exigindo que você gaste quantias adicionais em relações públicas, bem como em impostos ou em limpeza, esses são efeitos de segunda e terceira ordem de políticas de melhoria de produtividade. Frequentemente, o retorno imediato é aniquilado por perdas de prazo mais longo.

Mesmo onde os custos não são transferidos de volta para a empresa, muito aumento de produtividade reflete apenas a externalização de custos. Os custos não são reduzidos – apenas são pagos por outra pessoa, pelo governo, pelo contribuinte, pela comunidade local ou pelo consumidor.  Isso realmente conta como ganho de produtividade?

Além disso, fica difícil medir a produtividade à medida que avançamos nos serviços. Como você mede a produtividade de um gerente de publicidade ou de um artista? A sociedade está multiplicando o número de pessoas que lidam com ideias, conceitos e experiências, em vez de bens físicos.

Além disso, qual é a produtividade do consumidor? Estamos aprendendo que, em muitos campos, até as habilidades dos consumidores afetam a produtividade do produtor. Por exemplo, a capacidade dos clientes de operar caixas eletrônicos afeta a produtividade do banco.

Todo o significado da produtividade muda à medida que saímos do industrialismo clássico para a sociedade da terceira onda. Ainda não temos o vocabulário conceitual das metodologias de que precisamos.  Em resumo, cuidado com as reivindicações de produtividade – inclusive a sua”. – Alvin Tofler – em seu livro “A Terceira Onda”

NOTA: O pensamento de segunda ordem está olhando holisticamente e mais à frente. Exige que consideremos não apenas nossas ações e suas consequências imediatas, mas também os efeitos subsequentes dessas ações. Deixar de considerar os efeitos de segunda e terceira ordem pode desencadear um desastre. Veja mais em:

https://www.fs.blog/2016/04/second-level-thinking/

O Método Delphi

Esse método para fazer previsões procura corrigir os problemas de confronto face a face no grupo, de modo que as respostas e os respondentes permanecem anônimos. A técnica obedece uma sequência bem definida.

Na primeira rodada, os participantes são convidados a escrever suas previsões. As respostas são coletadas e uma cópia é dada a cada um dos participantes. Os participantes são convidados a comentar sobre pontos de vista extremos e defender ou modificar sua opinião original com base no que os outros participantes escreveram. Mais uma vez, as respostas são agrupadas e devolvidas aos participantes.

Na rodada final, os participantes são solicitados a reavaliar sua opinião original em vista daquelas apresentados por outros participantes.

Fonte: Walonick, David S. An Overview of Forecasting Methodology. Disponível em https://www.statpac.org/research-library/forecasting.htm Acesso em 20.11.18.

A linguagem do RH influencia sua imagem

Em uma discussão online alguém comentou que um bom departamento de RH é tão importante e crítico quanto um bom departamento de vendas. No entanto, se a afirmação for verdadeira, por que nem todos na organização – especialmente o departamento de vendas – concordam com isso? A função de vendas todo mês lança um relatório listando as vendas totais, as margens brutas de vendas, os clientes ganhos e perdidos, bem como diversos dados financeiros.

O que o RH reporta? Dados típicos incluem número de pessoas, rotatividade, custo operacional, número de pessoas contratadas e treinadas. O que tudo isso mostra? Custos operacionais! Onde está o valor? No início da minha carreira de RH, antes de saber que o RH realmente gerava valor financeiro, mostrei esse tipo de dados a um CEO. Sua resposta foi: “Não posso fazer nada com isso” [1].

O RH mostra evidências de que ele contribui com valor financeiro ou lista simplesmente o tempo, o dinheiro e os recursos gastos? De modo geral a alta gerência associa o esforço do RH à tarefa de deixar as pessoas felizes e não aos resultados do negócio. Isso ocorre basicamente por duas razões:

1º. A linguagem do RH, focada em emoções, não costuma apresentar a objetividade que os números conferem às mensagens. Daí a importância de usar indicadores e resultados numéricos.

2º. O RH mostra a melhora no clima organizacional como resultado de suas ações, presumindo que os demais gestores entendem a vinculação óbvia (para o RH) com os resultados da organização. Assim, deixa de esclarecer de que modo e em quanto as ações efetivamente contribuem para o sucesso da empresa. 

A solução: O RH tem que apresentar as informações de forma mais completa e objetiva, mostrando o ganho para a organização, de preferência em valores monetários, ainda que estimado.

Referência: 1. Texto da Internet; fonte não identificada.

Uma realidade difí­cil de mudar

Planilha com espaços para anotação das condições (temperatura e pressão) de equipamentos.

Em uma indústria química na qual trabalhei na década de 1980 havia várias bombas para movimentar água, óleos e outros produtos químicos entre os diversos equipamentos. Para manter uma boa operação, os engenheiros de processo precisavam acompanhar a pressão na saída dos equipamentos e os engenheiros mecânicos desejavam monitorar a temperatura nos mancais das bombas.

A prática, na época, era solicitar que os operadores olhassem cada bomba de hora em hora e preenchessem os dados em pranchetas com planilhas impressas em papel.

Ao observarem uma pressão mais baixa que a usual, ou uma temperatura mais alta que a permitida, os operadores deviam notificar o supervisor para que fosse tomada alguma providência.

Ao longo dos anos, devido às trocas de equipamentos e outras modernizações, a sequência de preenchimento dos formulários não coincidia com o trajeto que o operador fazia para colher os dados. Então, ele deixava espaços em branco que, mais adiante, eram preenchidos. Isso, eventualmente, provocava algum erro por troca nos dados anotados.

Para avaliar se a pressão das bombas – já que era diferente para cada uma – estava adequada, o operador costumava olhar o resultado anotado no momento anterior. Isso funcionava bem quando havia, por exemplo, um entupimento, fazendo com que houvesse uma variação brusca na pressão medida. Mas as bombas, devido às condições de trabalho rigorosas, sofriam desgaste que se refletia em redução na pressão de saída, diminuindo a eficiência do processo; como a queda na pressão devida à essa causa era lenta e gradativa, a comparação com o valor medido na hora anterior não sinalizava problema. Os operadores se acostumavam com os novos valores e não percebiam a necessidade de manutenção, exceto quando os resultados já eram muito ruins. A mesma coisa acontecia com a temperatura.

Na época, refiz as planilhas alterando a ordem das anotações para coincidir com a ordem em que os equipamentos estavam instalados; também incluí uma linha adicional com os limites aceitáveis para esses valores, para que fossem tomados como referência. Esses dois cuidados muito simples reduziram os erros e aprimoraram a coleta dos dados.

E hoje? Nas empresas menores ainda temos a coleta em papel como descrita. Em outras as anotações são feitas em dispositivos eletrônicos, mas a ordem em que os dados devem ser preenchidos muitas vezes não coincide com a sequência mais conveniente para o operador. E um recurso presente na maioria dos equipamentos de coleta de dados, que permite criar um alarme avisando que determinada entrada de dados não é normal, frequentemente não é usado.

Nas empresas mais modernas, as leituras dos operadores foram substituídas por sensores que colhem os dados e os enviam diretamente para um computador e um painel de controle. Apesar dessa grande sofisticação, ainda há casos em que não há um alerta automático caso o dado colhido esteja fora da faixa aceitável. E, como esses sistemas evoluíram a partir das planilhas usadas anteriormente, muitas vezes monitoram mais ou menos pontos do que deveriam.

Sugestão: Reveja o processo de coleta de dados usados para o controle operacional e para o cálculo dos indicadores usados na gestão dos equipamentos. Use a sequência em que os dados devem ser preenchidos e inclua os limites de operação normal.Afinal, a qualidade das decisões depende da qualidade desses dados.

POST240407 de abr/20, atualizado em jun/24