Segurança ainda não é prioridade

Segurança2

Em 2015, a Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento (TFCA) média das empresas paranaenses foi de 8,32 acidentados por milhão de horas trabalhadas. Este valor é semelhando aos dos anos anteriores, mas corresponde a um patamar inaceitável pelo custo social e humano que representa.

O lado positivo é que a meta de “acidente zero” foi alcançada por 28% das organizações da amostra. Mas, para a maioria das empresas, um bom referencial para benchmarking seria um máximo de 2,00 acidentados por milhão de horas trabalhadas, resultado obtido por 40% das empresas do levantamento.

Fonte:

Bachmann & Associados & ABRH-PR. 8º Benchmarking Paranaense de Recursos Humanos 2016: Dados de 2015. Curitiba. 2016.

Benchmarking é uma boa ideia.

Benchmarking

Puerperal fever mortality rates for the First and Second Clinics at the Vienna General Hospital 1841. Imagem: https://en.wiki2.org/wiki/Ignaz_Semmelweis

O livro “The Doctors’ Plague”, de Sherwin Nuland, registra uma história interessante. No final da década de 1840, no Hospital Geral de Viena, quando um bebê nascia com o auxílio de um médico obstetra, a chance de morte da mãe era de 10 a 15%. Curiosamente, entre os atendidos apenas por parteiras, a taxa de mortalidade era muito menor. Essa diferença levou a uma investigação que descobriu que os médicos, pelas manhãs, frequentavam o necrotério, onde faziam autópsias. Mesmo sem entender bem a causa – na época ainda não se conheciam as bactérias – não foi difícil tomar providências que contribuíram para reduzir a taxa de mortalidade.

Essa história ensina várias lições, mas quero destacar uma. A comparação entre as taxas de mortalidade entre as mulheres atendidas pelos médicos e pelas parteiras foi o primeiro passo, pois mostrou que havia um problema. Caso contrário, é possível que a mortalidade, apesar de elevada, fosse considerada natural e aceitável. Resumindo, fazer comparação dos resultados (benchmarking) pode ser um importante elemento para identificar oportunidades de melhoria e incentivar a busca de melhores práticas.

Fontes:

  1. Freaknomics. Lottery Loopholes and Deadly Doctors: Full Transcript – Freakonomics. Disponível em: http://freakonomics.com/2012/04/25/lottery-loopholes-and-deadly-doctors-full-transcript Acesso em 19.03.16.
  2. Ignaz Semmelweis. https://en.wiki2.org/wiki/Ignaz_Semmelweis Acesso em 11.10.16.

Dórian L. Bachmann (dorian@bachmann.com.br) é especialista no uso de indicadores e benchmarking na gestão de processos e negócios.

Treinamento: Temas mais comuns

Treinamento

A pesquisa “O Retrato do treinamento no Brasil 2013” mostrou que são cinco os temas que as empresas pesquisadas consideram prioritários para os programas de treinamento:

  • Liderança (80%)
  • Qualidade e/ou atendimento ao cliente (41%)
  • Comunicação (38%)
  • Segurança e/ou treinamento obrigatório (24%)
  • Tecnologia da informação (19%).

A pesquisa registrou, ainda, que 84% dos colaboradores participaram de programas formais de Treinamento e Desenvolvimento (T&D). A relação entre investimento em T&D e o faturamento das organizações pesquisadas mostrou um índice médio de 0,8%. Segundo Alfredo Castro, da MOT, o aceitável seria entre 1% e 1,5%.

Fonte: Revista Supermix. Julho-agosto. n° 147. 2013. p. 42.

8º Benchmarking Paranaense de Recursos Humanos – PARTICIPE

ABR8 - Capa

Faça como mais de 200 empresas paranaenses.

Participe do Benchmarking de RH e descubra em que pode melhorar!

A Bachmann & Associados (B&A)  e a ABRH-PR convidam sua organização para participar da 8ª edição do Benchmarking Paranaense de Recursos Humanos.

O levantamento irá apresentar os resultados de 12 indicadores tradicionais de RH, como: absenteísmo, rotatividade, horas extras e outros.

A participação é gratuita e os resultados serão fornecidos por meio de relatório enviado a cada uma das empresas participantes. Todas as informações serão apresentadas de forma agrupada ou codificada, para preservar o sigilo.

Conheça os pontos positivos e as oportunidades de melhoria de sua empresa em relação às outras e ganhe uma poderosa ferramenta de gestão.

Benefícios

  1. Informação confiável e de qualidade, para orientar decisões gerenciais, visando aumento da competitividade.
  2. Acesso a informações sensíveis que, de outro modo, não seriam disponibilizadas.
  3. Redução na mão de obra própria para este tipo de trabalho.

A coleta de dados já foi iniciada e os resultados do trabalho serão publicados em setembro.

Para participar, basta acessar https://benchmarking.indicadoresrh.com.br ligar para 41 3324-5336 ou enviar um e-mail para indicadoresrh@bachmann.com.br

NOTA: Essa oferta é exclusiva para empresas instaladas no Paraná.

Gerindo o absenteísmo médico

Resfriado

Uma empresa familiar do setor de construção, com atuação na Holanda e na Alemanha, criou um painel com indicadores que integrou os dados financeiros e de RH. A visibilidade das métricas apontou o benefício na redução do absenteísmo médico, que era ligeiramente superior a média do setor e estava em 6,3%. A Companhia, de cerca de 900 empregados, estruturou um programa de incentivo aos gerentes, com metas diferenciadas para cada divisão, e adotou exigências mais rigorosas de documentos para justificar as ausências. A implementação das medidas provocou uma redução no absenteísmo médico para 2,3% (uma queda de 64%), resultando em um aumento de 9,8% na produtividade e de 6% na receita por empregado.

Você sabe a média de absenteísmo médico de seu setor? Consulte o 7º Benchmarking Paranaense de RH.

Fonte: Aberdeen Group. Workforce Analytics: Key to Aligning People to Business Strategy. June 2011. p. 6.

Tenho o resultado. E agora?

O valor isolado de um indicador tem pouca ou nenhuma utilidade. Na prática, o benefício depende de uma de três alternativas:

  1. Sua comparação com uma meta.

A comparação do resultado de um indicador com uma meta estabelecida permite determinar a diferença entre a performance obtida e o pretendida ou desejada. Essa diferença, conhecida como desvio ou gap de desempenho, orienta sobre a necessidade de alguma ação ou ajuste.

  1. Sua comparação com valores históricos.

A comparação com os valores que o mesmo indicador alcançou em momentos anteriores (baseline) permite avaliar se está havendo uma melhora nos resultados e se a tendência é de redução, crescimento ou estabilidade. Esta informação é importante para identificar algum problema e permitir uma avaliação da eficácia das ações tomadas anteriormente.

  1. Sua comparação com algum referencial de excelência.

A comparação dos resultados da métrica com referenciais de excelência (benchmarks) é útil por identificar gaps que representam oportunidades de melhoria.

Deixe sua opinião nos comentários ou nos mande um e-mail: blogrh@bachmann.com.br

Post de mai/16 atualizado em abr/24

Risco de Giz

Risco de Giz

Charles Schwab, um pioneiro da indústria do aço nos Estados Unidos, tinha uma aciaria cuja equipe não conseguia produzir o programado. Ele não entendia como uma unidade com um gerente capaz não conseguia obter resultado. O gerente justificou que já havia tentado tudo, de ações de incentivo à ameaças, mas sem sucesso.

Como a conversa com o gerente ocorreu na própria usina, pouco antes do início do turno da noite, Schwab consultou um capataz e soube que aquele turno havia produzido seis bateladas. Sem qualquer comentário, usando um pedaço de giz, ele anotou um grande número seis no piso e saiu.

Quando o pessoal da equipe noturna chegou e viu o número marcado no chão, perguntou seu significado. Na manhã seguinte, andando pela fábrica, Schwab notou que o turno da noite havia apagado o seis e anotado um grande número sete. A equipe do dia, sentindo-se desafiada e entusiasmada, deixou um grande 10 marcado ao final do turno. Logo, a usina problemática se tornou uma das melhores.

De forma simples, rápida, barata e poderosa, Schwab improvisou um painel que permitia aos trabalhadores observarem seu próprio desempenho.

Tornar os resultados mais visíveis para mais pessoas garante mais discussão sobre o que traz sucesso ou não. Rankings e painéis com resultados são uma forma muito eficaz de motivar e promover envolvimento.

Adaptado de “Why Keeping Score Is the Best Way To Get Ahead”. Disponível em: http://blogs.hbr.org/schrage/2010/05/charles-schwab-the-pioneering.html Acesso em 28.08.13.

 

Escolhendo a meta certa.

Tigre

Você já deve ter lido a história de dois amigos que estavam caminhando na floresta e, de repente, percebem que um tigre corre na direção deles. Os dois começam a fugir e um deles para e coloca um par de tênis. O outro pergunta: Você acha que com o tênis vai conseguir correr mais rápido que o tigre? Ao que o outro responde: Não, mas vou correr mais rápido que você. Do mesmo modo, a escolha do referencial errado muitas vezes leva as organizações a serem engolidas pelo mercado. Uma análise mais inteligente e o uso adequado do benchmarking podem contribuir para o ganho de competitividade e rentabilidade.

Serviço: A Bachmann & Associados pode ajudar a escolher os indicadores mais adequados para seu negócio ou seu trabalho de gestão. Consulte-nos pelo e-mail atendimento@bachmann.com.br.

Quando usar consultorias?

O uso de uma terceira parte (consultor ou empresa de consultoria) para benchmarking deve ser decidido com base nas seguintes vantagens:

  • Permite manter sigilo sobre as fontes; os relatórios produzidos normalmente apresentam os resultados codificados (blind report), para prevenir a identificação das fontes, mas permitindo uma visão geral do ambiente.
  • Reduz o trabalho da equipe própria, que pode se concentrar na análise dos resultados e no esforço de implementação das ideias e práticas obtidas.
  • Em muitos casos, permite o acesso a informações sensíveis que, de outro modo, não seriam disponibilizadas.
  • Oferece maior padronização das informações fornecidas pelas diversas empresas, permitindo sua comparação de forma mais segura.