Desenvolvendo indicadores de desempenho

Um indicador de desempenho é definido a partir de variáveis ​​ou parâmetros medidos. O valor dos indicadores, como ferramenta de gestão, decorre de comunicarem mais sobre o desempenho de um processo do que qualquer medida ​​individual usada em sua definição.

Por essa razão, muitos autores afirmam que todo indicador tem de ser uma relação entre parâmetros ou variáveis. Embora desejável por várias razões, isso não é essencial. Para exemplificar: Um indicador de segurança prático e útil é a TFCA, que registra a quantidade de acidentados por milhão de horas trabalhadas. Nessa forma, a métrica permite fazer comparações (benchmarking) com outras unidades e organizações, mesmo que tenham diferentes quantidades de trabalhadores. Mas o simples número de pessoas acidentadas – um valor absoluto – pode ser uma métrica melhor para comunicação interna, por ser de mais fácil compreensão junto aos colaboradores.

É possível definir um indicador de desempenho de vários modos, por exemplo: uma medida absoluta (ex.: 3 acidentados), uma relação (ex.: 132 peças por hora) ou uma medida relativa que compara o desempenho real com o teórico, com o previsto no projeto ou ainda com o desempenho esperado (ex.: rendimento de 85%).

Portanto, embora normalmente seja melhor o uso de relações, isso não é essencial para caracterizar um indicador.

Fator Acidentário de Prevenção (FAP)

acidente

O FAP é um índice atribuído à empresa de forma individual, em função de seu histórico de afastamentos previdenciários devido a acidente e doenças do trabalho.

É calculado considerando a frequência, gravidade e custos.

Multiplicando o FAP pela alíquota de RAT – Risco Ambiental do Trabalho (1% – Risco Leve, 2% – Risco Médio, 3% – Risco Grave) e pela folha salarial, se obtém o valor a ser pago de Seguro Acidente de Trabalho por cada unidade das empresas.

Em 2013 foi aprovada a Lei 12.832 que impede o uso desses indicadores de acidentes nos programas de PLR.

No final de 2016, foram retirados do cálculo do FAP os Acidentes de Trajeto, sobre os quais as empresas têm pouca ação, e as CATs sem afastamentos, que incentivavam a subnotificação.

Recomendamos que as empresas acompanhem seus resultados de segurança usando a Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento TFCA.

Fonte: https://jota.info/artigos/novas-mudancas-no-fap-e-os-impactos-na-gestao-empresarial-05012017?utm_source=JOTA+Full+List&utm_campaign=8ef9d79216-EMAIL_CAMPAIGN_2017_01_05&utm_medium=email&utm_term=0_5e71fd639b-8ef9d79216-380216669