A Rotatividade da organização e
dos seus departamentos são distintas. A empresa pode ter uma baixa rotatividade
e seus departamentos terem rotatividade elevada, se a movimentação interna for
alta.
Portanto, no cálculo da rotatividade de uma unidade ou departamento especÃfico, devem ser consideradas as entradas e saÃdas por transferência, como se fossem admissões e demissões.
1. Tracey, J. B.,
& Hinkin, T. R. (2006). The costs of employee turnover: When the
devil is in the details [Electronic article]. Cornell Hospitality Report, 6(15), 6-13.
Você e a empresa podem fazer muito pouco para mudar esses fatores. Como gestor, você deve se conformar à realidade e levá-la em conta no planejamento, para que o prejuÃzo seja o menor possÃvel.
O número de desligamentos corresponde
ao número de empregados multiplicado pela rotatividade anual, expressa como
percentual.
Embora não possamos capturar todas as
despesas, ou mesmo alguns dos grandes custos intangÃveis, como o impacto no
moral dos funcionários, podemos ter uma boa referência analisando quatro
grandes blocos:
1. Custo de recrutamento, seleção e contratação
Mas, a rotatividade
traz outros efeitos indesejáveis que costumam ser ignorados. Por exemplo, a
área de RH da Hunter Douglas investigou a relação entre rotatividade dos
colaboradores e a qualidade dos produtos [3] e concluiu que divisões com
elevada rotatividade tinham os maiores nÃveis de produtos danificados. Os
números citados são de rotatividade de 70% em seis meses e 5% dos produtos fora
de especificação. Um programa de mentoria reduziu a rotatividade para 16% e a
taxa de produtos danificados melhorou.
Em tua empresa já
foi detectada alguma influência da troca de pessoas na produtividade ou em
outros resultados do negócio?
Referências
1. Bachmann &
Associados & ABRH-PR. 10o Benchmarking Paranaense de Recursos Humanos
2018: Dados de 2017. Curitiba. 2018.
Dados do departamento de estatÃsticas do trabalho dos Estados Unidos (U.S. Bureau of Labor Statistics) indicam que existe uma forte correlação entre a quantidade de pedidos de demissão feitos pelos empregados e o desemprego no paÃs (ver figura) [1].
A comparação dos resultados dos nossos levantamentos [2], realizados em parceria com a Associação Brasileira de Recursos Humanos nos últimos anos, com as estatÃsticas produzidas pelo Ipardes [3], mostram a mesma correlação.
Assim a melhora do ambiente econômico, com a reativação da
economia, deve trazer um grande desafio para o RH das empresas. Afinal, mesmo
na crise, a Rotatividade Voluntária em diversos segmentos se manteve alta.
Como preservar as pessoas chave para o sucesso da empresa.
Fonte: HSM Management. Como não perder funcionários-chave. Jan/fev 2011. pp. 119-122.
Um mesmo resultado da Rotatividade pode ter diferentes impactos na organização. É evidente que a substituição de um gerente é mais significativa que a de um colaborador da linha de produção ou de balcão. Assim, os cálculos da Rotatividade devem ser feitos em separado para os grupos de Pessoas Chave – aquelas que representam conhecimento relevante ou vantagem estratégica.
Também para as ações preventivas, é conveniente separar os empregados conforme a importância estratégica, a dificuldade de substituição ou a possibilidade de a pessoa deixar a empresa.
Com esse propósito, a McKinsey [1] desenvolveu um instrumento, denominado Mapa de Risco (ver figura).
A concentração dos esforços para retenção nos colaboradores mais importantes para o desempenho da empresa e com risco mais elevado de desligamento permite obter um resultado mais efetivo com menor custo. Uma das ferramentas que ajudam a identificar o risco de perda do colaborador, ao mesmo tempo em que contribui para reduzir essa possibilidade, é a “entrevista de permanência” (stay interview), sugerida por David Ulrich [2].
A Internet também oferece novas possibilidades. Uma empresa farmacêutica e uma de software estão coletando dados do LinkedIn e de outras redes sociais para prever quais de seus empregados de alto potencial têm maior risco de deixar a organização [3].
Referências:
1. HSM Management. Como não perder funcionários-chave. Jan/fev 2011. pp. 119-122.
É sabido que a troca de pessoas de uma equipe, parâmetro medido pela Rotatividade, geralmente representa custos, necessidade de novos treinamentos e, frequentemente, perda temporária de eficiência. Este fenômeno ocorre na maioria dos negócios, inclusive o da educação.