Benefícios – Algumas referências

Desenho de um trabalhador com os benefícios (refeição, vale transporte, etc.) no entorno.

Os benefícios relacionados à flexibilidade no trabalho, saúde e bem-estar já estão entre os mais oferecidos por grande parte das companhias, além dos tradicionais auxílios financeiros como alimentação, transporte, educação e creche, segundo levantamento da consultoria Mercer Marsh Benefícios, com 690 empresas que, juntas, empregam 1,7 milhão de colaboradores.

De acordo com Mariana Dias Lucon, diretora de produtos da consultoria, o constante crescimento dos custos de saúde, já representando 12,71% da folha de pagamento, tem incentivado as empresas a adotar o modelo coparticipativo como forma de controle mais eficaz de custos. Com a adoção do modelo, o total de empresas com a prática de coparticipação subiu de 47% em 2014 para 66% em 2017. Ainda segundo o levantamento, a participação dos colaboradores nos valores das consultas, exames simples e especiais, terapias, pronto-socorro, entre outros procedimentos simples, é em média 23%.

Fonte: Revista Melhor. Março 19. p. 53.

Plano de Ação

Desenho em quadro branco de um Plano de ações.

Toda vez que estabelecemos metas, estamos tentando influenciar o futuro, ainda que isso nem sempre seja possível. As metas nos fornecem o futuro desejado, mas é a gestão dos procSempre que estabelecemos metas, estamos tentando influenciar o futuro, ainda que isso nem sempre seja possível. As metas descrevem o futuro desejado, mas é a gestão dos processos e dos planos de ações que nos permite alcançá-lo.

Ter um bom conjunto de indicadores não é suficiente para garantir o sucesso na gestão. É necessário fazer um Plano de Ações para melhorar os processos que estão sendo medidos e avaliar periodicamente os resultados, comparando-os com as metas estabelecidas.

Em caso de desvio, é preciso revisar o plano, mudando as atividades (a forma de fazer) ou a quantidade de recursos alocados. O Plano de Ações esclarece como se pretende atingir a meta. Afinal, não faz sentido estabelecer uma meta sem criar um Plano de Ações para alcançá-la.

Um bom plano de ações fornece respostas às perguntas.

  • O que precisa ser feito?
  • Até quando deve ser feito?
  • Quem deve fazer ou garantir que seja feito?
  • Quanto vai custar?

e, em muitos casos, onde deve ser feito. Ou seja, é uma lista das atividades necessárias para atingir o objetivo definido, geralmente seguindo os critérios 5W2H.

WhatO que
WhyPor que
WhenQuando
WhoQuem
WhereOnde
HowComo
How muchQuanto

Para facilitar a gestão, e evitar que detalhes desnecessários sejam abordados em reuniões de alto nível, os Planos de Ações costumam ser estruturados em dois níveis: tático e operacional.

Figura 1 – Exemplo de Plano de Ações no nível tático
Figura 2 – Exemplo de Plano de Ações no nível operacional

Entretanto, ter bons indicadores, por si só, não garante o sucesso na gestão. Para alcançar resultados, é preciso elaborar um plano de ações para melhorar os processos gerenciados e implementar um sistema de avaliação periódica em relação às metas. Em caso de desvio, pode ser necessário revisar o Plano de Ações, ajustando as atividades (a forma de fazer) ou a alocação de recursos. Portanto, o Plano de Ações responde à pergunta: “Como atingir a meta estabelecida?”.

Superestimamos o resultado e subestimamos o processo. Mas o sonho só é realizado graças à dedicação a um processo. – John Maxwell

Post190508 de mai/19, revisado em fev/25.

Raiz quadrada de dois

Imagem: Getty images

O uso de números e da matemática como instrumento é muito antigo na história.

A tábua de argila YBC_7289 (Yale Babylonian Collection 7289 – Coleção Babilônica da Universidade de Yale nº 7289) é uma peça arqueológica da YBC.

Trata-se da representação mais antiga de um valor aproximado para a raiz quadrada de dois, escrita em caracteres cuneiformes e descoberta em 1912.

OEE de Classe Mundial

O OEE (Overall Equipment Effectiveness) é o principal indicador utilizado para avaliar o desempenho global de equipamentos no ambiente industrial.

A métrica é obtida pela multiplicação de três indicadores mais focados: a disponibilidade dos equipamentos para produção, a qualidade do que é produzido e a performance ou produtividade.

Considera-se como sendo de classe mundial:

  • Disponibilidade maior ou igual 90%.
  • Performance  maior ou igual 95%.
  • Qualidade maior ou igual a  99,9%.

Multiplicando-se esses indicadores, chega-se a um OEE de 85%, que é, portanto, considerado de classe mundial. Mas, não basta ter OEE igual ou superior a 85% para ser considerado de classe mundial, é necessário que cada um dos fatores (Disponibilidade, Performance e Qualidade) alcancem ou superem os valores de referência.

Imagine um equipamento que possua Disponibilidade de 92%, Performance igual a 94% e Qualidade de 98%. Teríamos:

OEE = 92% x 94% x 98% = 85%

Mesmo com OEE de 85%, a Performance e a Qualidade possuem valores abaixo dos padrões e o desempenho do equipamento não deve ser considerado de classe mundial.

Apesar do OEE ser uma referência importante, os processos são diferentes uns dos outros e pode ser que os valores ótimos para os fatores sejam baixos para algumas empresas ou muito elevados para outras. Por exemplo, para uma organização que trabalha com 6Sigma, Qualidade de 98% é um valor baixo.

Valores de referência para os indicadores de Performance e Qualidade são definidos sem muito esforço, porém é difícil definir uma boa referência para a Disponibilidade. A métrica é afetada pelo tempo e frequência das trocas de produto na linha de produção, pelo tipo de manutenção e por outros fatores vinculados ao processo. Assim, dependendo do caso, uma Disponibilidade de 60% pode ser classe mundial.

Referências

  1. http://www.oee.com.br/oee-world-class/
  2. http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/642/noticias/classe-mundial-privilegio-de-poucos-m0047472

Post de abr/19 atualizado em dez/22.

Boa Prática para a Inovação

A empresa Atlassian se tornou famosa pelos chamados “Dias do despacho”, durante os quais os empregados são encorajados a largar seu trabalho e a dedicar 24 horas a um projeto criativo de sua escolha. Dar liberdade aos empregados para testar novas ideias parece um elevado risco financeiro, porém isso acabou por trazer bons retornos. Os projetos desenvolvidos durante essas sessões resultaram em alguns dos produtos mais lucrativos da empresa. A Atlassian não só domina a indústria tecnológica na Austrália, mas foi reconhecida como a melhor empresa para trabalhar, nos dois últimos anos.

Fonte: Three workplace performance indicators that may make or break you, de Matias Rodsevich, workplaceinsight.net

Qualidade ou quantidade?

O avanço da informática, tanto do ponto de vista tecnológico como do econômico, levou as organizações a dispor de um volume incomensurável de dados e informações em tempo real. Os argumentos de venda da área de tecnologia são, justamente, rapidez e menor custo. Entretanto, a qualidade das decisões decorre mais de uma análise profunda – estruturada ou intuitiva – feita periodicamente, que da frequência das análises. Até porque análises feitas com muita frequência tendem a se tornar superficiais e pouco elaboradas.

Assim, não é a disponibilidade da informação minuto a minuto que será útil para a gestão da organização. É a observação periódica de indicadores, simples e apropriados, que permite identificar tendências e a aderência dos resultados à estratégia da organização. Administrar uma organização, assim como pilotar um navio, significa conviver com um sistema de inércia elevada, com tempos de respostas longos. Logo, é mais importante uma ação que gere uma resposta bem calibrada que uma ação rápida.

Naturalmente, estamos nos referindo a aspectos gerenciais. Esta abordagem frequentemente não se aplica a questões operacionais onde, por exemplo, para um aumento imprevisto na temperatura do reator, devemos dar uma resposta imediata para garantir seu resfriamento.

Resumindo: Ao trabalhar com indicadores gerenciais, devemos privilegiar a qualidade da informação e da análise à quantidade e à velocidade de acesso aos dados.

Notícia antiga, mas interessante!

Desenho de trabalhador em frente a tela de computador vendo bons resultados.

Pagar por metas atingidas e não por procedimentos médicos.

Nos últimos seis anos, o chamado pay-for-performance, ou pagamento por desempenho, ganhou espaço entre os hospitais dos Estados Unidos e também no sistema público de saúde do Reino Unido. A estimativa é que mais da metade das operadoras de saúde privadas norte-americanas tenha adotado modelos como esse em seus contratos com os hospitais.

Na Inglaterra, os médicos de família, os chamados generalistas, têm 25% de sua remuneração baseada em metas (cerca de 140 indicadores de qualidade), desde 2004. Se um paciente diabético melhora e mantém seus índices de açúcar dentro do ideal, por exemplo, isso se reflete positivamente no salário do médico.

Fonte: Jornal Gazeta do Povo, Curitiba, 12 de setembro de 2010. Coluna Vida e Cidadania, Saúde. Fabiane Ziolla Menezes.

O tipo de atividade exercida afeta a rotatividade

Jogador de futebol americano sendo cumprimentado pelo técnico.

Um levantamento feito nos Estados Unidos concluiu que algumas funções oferecem maior mobilidade aos empregados que outras. Assim, atividades cujos resultados são bastante dependentes do entrosamento com os colegas diminuem a disposição para mudar, já que o risco do insucesso aumenta. Essa situação é exemplificada com um levantamento feito com jogadores da Liga Nacional de Futebol dos Estados Unidos onde, nos 10 anos do período estudado, a rotatividade dos “receptores” foi de 8,3%, enquanto a dos “chutadores” – que é uma atividade mais individual – chegou a 19,4%.
Fonte: HSM Management. Maio-junho 2009. pp. 130-136.

Custos ocultos no RH

Bonequinhos olhando uma moeda com lupa.

A troca de pessoas custa mais do que se imagina

A elevada rotatividade é um mal que atinge fortemente a competitividade das empresas. A rotatividade média anual nas empresas paranaenses em 2017 foi de 26,6%. Naquele ano, 7,3% dos empregados pediram demissão. A maior quantidade de insatisfeitos estava no comércio, onde um em cada dez empregados pediu para sair [1].

Um estudo feito pelo Centro de Pesquisa de Hospitalidade (CHR), da Universidade de Cornell, descobriu que no ramo hoteleiro o custo do treinamento direto era cerca de 25% da despesa total na substituição de um funcionário [2]. Isso não surpreende, pois é de conhecimento geral que a troca frequente de colaboradores, além de exigir maior investimento em treinamento e supervisão, traz incertezas para a equipe e prejudica a manutenção da cultura corporativa.

Mas, a rotatividade traz outros efeitos indesejáveis que costumam ser ignorados. Por exemplo, a área de RH da Hunter Douglas investigou a relação entre rotatividade dos colaboradores e a qualidade dos produtos [3] e concluiu que divisões com elevada rotatividade tinham os maiores níveis de produtos danificados. Os números citados são de rotatividade de 70% em seis meses e 5% dos produtos fora de especificação. Um programa de mentoria reduziu a rotatividade para 16% e a taxa de produtos danificados melhorou.

Em tua empresa já foi detectada alguma influência da troca de pessoas na produtividade ou em outros resultados do negócio?

Referências

1. Bachmann & Associados & ABRH-PR. 10o Benchmarking Paranaense de Recursos Humanos 2018: Dados de 2017. Curitiba. 2018.

2. Tracey, J. B., & Hinkin, T. R. (2006). The costs of employee turnover: When the devil is in the details [Electronic article]. Cornell Hospitality Report, 6(15), 6-13. Disponível em https://scholarship.sha.cornell.edu/cgi/viewcontent.cgi?referer=http://www.therail.media/stories/2016/3/17/hidden-costs-restaurant-staff-turnover&httpsredir=1&article=1148&context=chrpubs Acesso em 31.03.19.

3. HSM Management. Por que odiamos o RH. Março-abril 2006. p. 136.

Serviço. Quer saber se a Rotatividade em tua empresa é semelhante a das outras empresas do segmento de negócio? Acesse “BenchOnline”.h

Como foi inventado o centro de P&D industrial



O alemão Wemer von Siemens (1816-1892) construiu uma das primeiras organizações industriais em grande escala. Para isso, baseou-se na compreensão de seu funcionamento. Em 1869, para conquistar uma vantagem na tecnologia utilizada por sua indústria, contratou o primeiro cientista formado em universidade para inaugurar um moderno laboratório de pesquisas.

Desses laboratórios de pesquisas nasceram as indústrias químicas e elétricas alemãs, que assumiram a posição de liderança mundial porque desenvolveram a melhor tecnologia. Da compreensão dessa necessidade da indústria — a pesquisa específica – nasceram todas as outras grandes empresas líderes mundiais em outras áreas não ligadas à química: automotiva, telefônica e, mais tarde, a farmacêutica e a dos computadores.

Fonte: Drucker, Peter. Os novos paradigmas da administração. Exame. 24 de fevereiro de 1969. p. 44.