Um problema de gestão criado pela tecnologia e, mais grave, não percebido

Imagem por Photo Mix em Pixabay 

Na medida em que a tecnologia facilita e simplifica a coleta de dados, a quantidade de informações entregues aos gestores cresce. Embora muitos administradores sintam-se afogados em um mar de números, outros acreditam que estão seguros e equipados para decidir justamente por contar com muita informação. Provavelmente, ambos estão errados.

No processo de gestão do desempenho, o ponto fraco costuma ser a análise dos dados. Ter informações instantâneas ou online não significa que as decisões serão melhores. Na verdade, muitas vezes a disponibilidade contínua de informações leva às análises mais frequentes e superficiais com óbvios resultados negativos sobre a qualidade das conclusões.

Olhar uma tela de computador que fica pipocando os últimos números da organização é moderno, bacana e impressiona bem. Mas, infelizmente, é uma péssima maneira de se informar. Sem a interpretação contextualizada dos dados em um relatório, dificilmente temos boas decisões.

Um bom relatório de desempenho oferece os seguintes benefícios:

  • Aponta as variações, tendências e relações dos indicadores ao longo do tempo.
  • Chama a atenção para resultados indesejáveis, destacando a distância entre os resultados obtidos e as metas estabelecidas.
  • Documenta os benchmarks.
  • Informa e analisa o contexto e as causas que explicam ou contribuíram para os resultados; esclarece, por exemplo, se o estoque caiu porque a produção foi baixa ou porque as vendas foram elevadas.
  • Recomenda ações preventivas e corretivas.
  • Permite que a gerência possa conhecer as dificuldades das linhas de frente, mesmo não tendo tempo para acompanhar o dia a dia da organização.

Portanto, além de investir em software e hardware, invista em humanware.

O maior problema na comunica̤̣o ̩ a iluṣo que ela foi efetiva. РGeorge Bernard Shaw